28/08/12 | Mariana Morimura - Assessoria de Imprensa - SAP

Penitenciária de Osvaldo Cruz tem alto índice de aprovação escolar

93% dos alunos do ensino fundamental foram aprovados nas avaliações semestrais

Mais de 50% dos aprovados tiraram notas de 8 a 10

Os reeducandos da Penitenciária de Osvaldo Cruz matriculados no ensino fundamental obtiveram resultados satisfatórios nas avaliações semestrais para progressão de série: 93% dos alunos foram aprovados. As provas, que seguem os mesmos requisitos daquelas empregadas na educação tradicional, foram aplicadas pela equipe do Centro de Trabalho e Educação, com o apoio da Secretaria de Estado da Educação, nos dias 2 e 3/08.

Do total de aprovados, 21% progrediram ao ensino médio. “Este é um grande passo para a reconquista da cidadania, pois são abertas novas oportunidades de qualificação profissional, preparação para o mercado de trabalho, além de maior consciência sobre o retorno à sociedade”, comenta o diretor da unidade, Jesus Ross Martins. A dedicação dos alunos também pôde ser vista no nível das avaliações: mais de 50% dos aprovados atingiram médias entre 8 e 10 pontos.

A escola da penitenciária possui 160 alunos matriculados, sendo 78 no ensino fundamental e 82 no ensino médio. A Lei de Execução Penal garante ao sentenciado o direito ao estudo de acordo com seu grau de instrução e, além da formação educacional, a remição da pena (diminuição dos dias de aprisionamento), conforme as horas em sala de aula. O sentenciado utiliza o tempo disponível atualizando sua escolaridade e pode sair mais cedo da prisão.

Atualmente, o sistema educacional dentro das prisões segue as diretrizes da Secretaria de Estado da Educação, com a formação de salas de aula e disposição de professores pertencentes ao quadro funcional do Estado de São Paulo. Tal medida objetiva a integração das secretarias de estado beneficiando o sentenciado estudante, além de integrar diferentes componentes das engrenagens estatais (detentos, sistema prisional, sistema educacional, leis e normas, etc.) para um trabalho conjunto visando o bem-estar do cidadão.

“Não só o trabalho é importante para o reeducando. O estudo é fator fundamental para a ressocialização, pois amplia os horizontes, abre inúmeras portas e desperta um maior entendimento sobre a vida”, afirma Martins. “Segundo dados oficiais, quanto maior a escolaridade do indivíduo, menor a incidência na criminalidade. Por isso incentivamos o estudo. Quanto mais qualificado e instruído, menores a chances de reincidência no crime. É um trabalho preventivo”, completa.