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02/06/21 | Daisyane Mendes - Corevali  |  Compartilhe Facebook      Twitter      Whatsapp      Linkedin      Enviar por e-mail

CDP de Suzano faz homenagem póstuma a servidor

Funcionário faleceu no ano passado após contrair a Covid-19

Servidores do Centro de Detenção Provisória (CDP) de Suzano, no Alto Tietê, fizeram uma homenagem especial a Silvio Faria de Souza, Agente de Segurança Penitenciária (ASP) da unidade que faleceu em maio de 2020, aos 47 anos, em decorrência de complicações causadas pela Covid-19.

A homenagem aconteceu no último dia 26, data que marca o primeiro ano de falecimento de Souza. Na ocasião, funcionários vestiram uma camisa branca com uma foto do agente estampada e se reuniram em frente ao CDP para lembrar o amigo de trabalho querido. Juntos, eles fizeram um momento de oração e compartilharam uma mensagem bíblica para reflexão sobre o sentido da vida. Um colaborador também declamou um poema escrito especialmente para o colega falecido. O poema (leia na íntegra no final do texto), de autoria de Wilton Borges Viana, tem como título “A Saudade”. A poesia mergulha na ausência do funcionário que era querido por todos e na efemeridade da vida.

Os colaboradores do CDP ainda plantaram uma árvore em um lugar estratégico no centro de detenção, em homenagem à vida e ao trabalho de Silvio no local.

A ausência em palavras

Wilton Borges Viana escreveu em versos como a perda do amigo é sentida pelos servidores do CDP. Leia abaixo o poema:

A SAUDADE

Por: Wiltinho BV

É razoável que tenhamos lamento

Qual a lágrima que o olhar pranteou;

Como quando estivemos certos

De ter tido um amigo tão perto

Que pra distante o destino o levou.

E o destino nos leva como o vento

Tal a pétala que da flor se solta;

Se isso é o destino que subleva

E se é mesmo o destino que nos leva

Porque o destino não nos traz de volta?

Fosse o querer uma borracha, uma pena

Ao alcance da nossa mão;

Escreveríamos uma eternidade;

Ou apagaríamos uma grande saudade

De um amigo que foi mais que um irmão.

Porque a saudade nos estorva os dias

E torna os dias, sim, mais enfadonhos;

Mas sem saudade não temos vida,

Não temos chegada, não temos partida

No caminho rumo aos nossos sonhos.

Tem coisas que são tão inúteis

Como o bilhete que caiu na lama;

Querer que seja eterna a vida

Ou que seja fugaz a ida

De uma pessoa que a gente ama.

Saibamos que viver é tão sublime

E não há nada tão divino além;

E se alguém viveu a vida com amor

Partiu deixando uma grande dor

Nos corações de quem amou esse alguém.

Chorar é a parte mais real da vida

Essa vida que lutamos pra vivê-la;

Então levemos essa dor no coração

Porque se no mundo perdemos um irmão

No céu ganhamos uma estrela.

aasassa
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