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11/05/21 | Daisyane Mendes - Corevali  |  Compartilhe Facebook      Twitter      Whatsapp      Linkedin      Enviar por e-mail

Feira de Artesanato expõe o trabalho de reeducandos do Vale do Paraíba

Evento reuniu a produção de vários projetos de ressocialização desenvolvidos nos presídios

Diversos produtos feitos pelas mãos de reeducandos das unidades prisionais da região do Vale do Paraíba e Litoral Norte marcaram a realização da 2ª Feira de Artesanato Reciclando Vidas, que ocorreu de 30 de abril até o último dia 2 em um shopping de Taubaté. As peças que ficaram em exposição e foram colocadas à venda durante o evento deram destaque ao trabalho de detentos de cinco presídios.

A iniciativa foi desenvolvida por meio de uma parceria entre Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), Poder Judiciário e o Conselho da Comunidade da Vara de Execução Criminal (CCVEC) de Taubaté. Participaram da ação a Penitenciária II de Potim, o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Caraguatatuba, o CDP de Taubaté e as penitenciárias Femininas I e II de Tremembé-SP.

A feira reuniu a produção de crochê, bordados, almofadas, tricô, jogos para copa e cozinha, nichos para gatos, casinhas para cães, vasos de plantas confeccionados com fibra de coco e as chamadas “gaiolas do bem” (gaiolas de pássaros apreendidas em operações da Polícia Ambiental e restauradas para decoração). Todo o material é resultado de diferentes projetos de reintegração social que acontecem nas unidades prisionais, possibilitando uma capacitação profissional para os internos e, ao mesmo tempo, a remição de pena por meio do trabalho realizado.

Os reclusos ainda recebem uma parte do lucro das vendas, enquanto a outra é usada para promover as atividades de ressocialização nos presídios em conjunto com o Conselho da Comunidade.

Para Maria Teresa Ivo, presidente do CCVEC de Taubaté, o evento traz um impacto muito positivo na vida das pessoas privadas de liberdade. “Percebemos que essas pessoas nunca foram valorizadas. Na execução dessas peças, cria-se um terreno muito fértil de criação e a possibilidade do desenvolvimento de um talento”, explica Maria Teresa. “Quando contamos que o público gostou, que os artigos foram vendidos, eles ficam muito surpresos e felizes. Esse sentimento de valorização aumenta a autoestima do preso”, completa.

Para Daiane Roberta Fernandes de Souza, diretora do Centro de Trabalho e Educação da Penitenciária Feminina II de Tremembé, a segunda edição da feira foi bem recebida pela sociedade civil. “A aceitação de um trabalho próprio engrandece a autoestima e motiva a presa a permanecer em atividades desta natureza. Dessa forma, ao término do cumprimento de sua pena, esta reeducanda pode usar os conhecimentos que adquiriu aqui e manter-se afastada de práticas criminosas”, analisa. “Vamos direcionar esforços para a realização de uma sequência maior de exposições, pois os resultados são ótimos”, afirma Daiane. Na Feminina II, tudo é acompanhado de perto pela diretora do Núcleo de Trabalho, Estael Batista Ramos.

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