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11/05/21 | Amanda de Oliveira - CRC

Penitenciária de Piracicaba realiza primeiro teleatendimento

Reeducando com problemas cardíacos foi atendido por cardiologista do CHSP

A tecnologia tem facilitado muito o dia a dia do sistema prisional, principalmente depois da pandemia. Sendo assim, se as teleaudiências facilitam o lado jurídico e o Programa Conexão Familiar estreitou os laços entre custodiados e seus familiares, a telemedicina vem para contribuir com o trabalho dos agentes prisionais e viabilizar os atendimentos médicos aos detentos.

Esse é o caso de um sentenciado da Penitenciária Masculina de Piracicaba que, aos 69 anos de idade, foi atendido pela primeira vez por um médico que estava do outro lado da tela do computador. O paciente está preso há mais de um ano e desde que entrou no sistema prisional sempre foi assistido pelo estado de maneira presencial. Com a pandemia, o sistema teve que se adaptar ao novo cenário. Com isso, a Penitenciária de Piracicaba teve o seu primeiro teleatendimento, neste mês, com um médico cardiologista do Centro de Hospital de São Paulo.

Para o diretor geral da penitenciária, Élcio José Bonságlia, o teleatendimento veio para acrescentar às ações que a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) tem realizado em prol de servidores e encarcerados. “A teleconsulta traz benefícios em vários sentidos, tais como a desnecessidade de remoção do recluso para a consulta presencial com o médico especialista em outra cidade. Já para a unidade prisional, quando um sentenciado precisa sair para uma consulta médica é necessário o empenho de vários agentes penitenciários para acompanhar o recluso e, ainda, a escolta da Polícia Militar”, diz Bonságlia.

Além disso, a inovação contribui para economia, uma vez que a cada saída do preso para ir ao médico, o sistema prisional precisa dispor de transporte e escolta.

“Há também a economia de recursos ao erário, visto que para cada saída médica são necessárias duas viaturas, sendo um carro de transporte de preso e uma viatura da Militar. Como podemos ver, todos saem ganhando, inclusive a sociedade, sendo que a realização da teleconsulta sem ter que transportar o preso para o local onde o médico se encontra, traz mais segurança a todos”, afirma o gestor.

Outras unidades

A primeira unidade prisional a aderir ao teleatendimento foi o Centro de Detenção Provisória (CDP) Marco Antônio Alves Bezerra, de Jundiaí, em parceria com a prefeitura do município. Em outras unidades, como é o caso da Penitenciária Feminina de Mogi Guaçu, a Penitenciária II de Hortolândia e as penitenciárias de Hortolândia II, Itapetininga I, Sorocaba I, além das unidades prisionais de Capela do Alto e do Centro de Progressão Penitenciária (CPP) de Porto Feliz, os atendimentos virtuais estão acontecendo por intermédio do projeto piloto da Coordenadoria de Saúde, subordinada à Secretaria da Administração Penitenciária (SAP).

Segundo o diretor regional da saúde, Alexandre Lazinho, o projeto ainda está no início, mas já é possível perceber bons resultados. “Estamos fazendo a ampliação para que deixe de ser um projeto experimental e passe a ser um modelo de rotina por causa das vantagens que oferece em termos de segurança, redução da logística de transporte, evita o deslocamento do servidor, diminui os riscos de contágio do coronavírus, além de gerar economicidade”, diz Lazinho.

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