22/04/21 | Caio Daniel - Coremetro
Utilização da telemedicina tem sido estudada para aplicação no sistema prisional
Homens e mulheres reclusos em sete estabelecimentos da Coordenadoria de Unidades Prisionais da Região Metropolitana de São Paulo (Coremetro) passaram por consultas médicas por chamada de vídeo. O projeto piloto em telemedicina é uma iniciativa da Coordenadoria de Saúde, da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), e visa agilizar os atendimentos sem que haja o deslocamento de pacientes do sistema prisional paulista até hospitais ou centros de saúde.
A ação está sendo estudada também como parte das medidas de prevenção adotadas pela SAP para conter a proliferação do novo coronavírus nos presídios estaduais, a fim de resguardar o bem-estar de presos, agentes de segurança e profissionais da saúde.
Entre as vantagens da telemedicina voltada à população prisional está a economia que isso pode gerar aos cofres públicos, pois ficaria dispensada a necessidade de empenhar servidores, veículos e combustível para atendimento externo em casos não emergenciais.
Para Renata Putini, diretora do Centro Regional de Atendimento à Saúde da População Prisional (Craspp) da Coremetro, as tratativas conjuntas com o Centro Hospitalar do Sistema Penitenciário (CHSP) começaram antes mesmo da pandemia. Com a pandemia em todo o país, a necessidade da realização de teleatendimentos passou a garantir maior proteção aos presos e funcionários em relação à exposição da doença.
Salas equipadas
As consultas ocorrem em espaços preparados com computador e webcam e contam com o acompanhamento de um membro da equipe de saúde da unidade prisional, a fim de garantir a assistência durante os atendimentos.
No Centro de Progressão Penitenciária (CPP) de São Miguel Paulista, por exemplo, as reeducandas receberam atendimento médico com o clínico geral. Em outros presídios como na Penitenciária “Desembargador Adriano Marrey” de Guarulhos e no Centro de Detenção Provisória (CDP) Chácara Belém II os internos foram consultados por médico psiquiatra.
Ainda de acordo com Renata, existem tratativas para que o projeto de telemedicina continue acontecendo e, num futuro breve, possa se tornar efetivo nas unidades penais.