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28/01/21 | Marcus Liborio - CRN

Após 43 anos de profissão, servidor se aposenta e recebe homenagens

José Carlos Amaral foi surpreendido pelo coordenador e colegas em seu último dia de trabalho: "Sentimento de missão cumprida"

A Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) foi o primeiro e único emprego de José Carlos Amaral. Após 43 anos de dedicação e empenho à Pasta, a aposentadoria finalmente chegou. À frente do setor de Inteligência da Coordenadoria de Unidades Prisionais da Região Noroeste (CRN), o servidor público se emocionou ao ser surpreendido por colegas de profissão em homenagem prestada em seu último dia de trabalho.

“O sentimento é de missão cumprida”, exaltou Amaral, diante do coordenador da CRN, Carlos Alberto Ferreira de Souza, de diretores que atuam na Coordenaria e de outros colegas de serviço. Visivelmente emocionado, o homenageado assistiu a um vídeo com declarações de diretores e funcionários dos 44 estabelecimentos penais abrangidos pela CRN, além de ser presenteado pelos amigos.

Entre os presentes, uma placa como forma de reconhecimento e agradecimento pelos serviços prestados à SAP ao longo de mais de quatro décadas. “Confesso que fiquei muito triste em parar de trabalhar, pois o Estado foi o único lugar que trabalhei na minha vida. Agora, nessa nova fase, tenho que aprender a viver outra vez”, disse.

REFERÊNCIA

Para o coordenador da CRN, Amaral é uma referência e fez a diferença por onde passou. “Durante a carreira dele na SAP, atuou a maior parte do tempo no setor de Inteligência. Porém, ele sempre foi mais do que um assessor. É um profissional que conhece todo o sistema prisional e nunca se intimidou, apesar dos riscos do trabalho. Esteve todo esse tempo na linha de frente, sem medir esforços para que o sistema prisional fosse o que é hoje”, destaca Souza.

TRAJETÓRIA

Amaral começou a sua carreira na SAP como Agente de Segurança Penitenciária (ASP) na Penitenciária “Dr. Sebastião Martins Silveira” de Araraquara, no dia 8 de dezembro de 1977. Depois, atuou na Penitenciária "Joaquim de Sylos Cintra" de Casa Branca, como diretor de Segurança.

“É um trabalho que requer muita dedicação. Quando você está à frente da segurança de uma unidade prisional, trabalha 24 horas por dia. Então, você precisa estar sempre atento para as coisas que estão acontecendo e manter a cadeia na disciplina. Enquanto eu atuei em presídios, nunca teve fuga nem rebelião”, orgulha-se.

Amaral também passou pelas coordenadorias de Unidades Prisionais da Região do Vale do Paraíba e Litoral (Corevali) e da Região Central (CRC), assumindo o setor de Inteligência, mesmo cargo ocupado na CRN, onde se aposentou no último dia 19 de janeiro, aos 64 anos. “Conheço gente dentro da SAP em todo Estado”, recorda-se.

LEGADO

Souza destaca que Amaral deixou um legado de persistência, garra e afinco pelo serviço prestado à SAP. “O que ele nos ensina é que não basta passar e ser mais um. Tem que fazer a diferença. E ele sempre foi além da média. Abraçou essa causa e deu tudo de melhor. É um exemplo de dedicação e perseverança no trabalho”, frisou.

Para Amaral, o que fica são os amigos e o conhecimento. “Nessa vida, a gente aprende muito. E no sistema prisional, aprende todos os dias, além de fazer grandes amizades. Por onde eu atuei, não tem uma pessoa que se diz minha inimiga ou que não tenha amizade comigo. Então, meu legado seria aprendizado e amizades”, finaliza.

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