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04/01/21 | Amanda de Oliveira - CRC

Presas da Penitenciária de Campinas produzem panetones em parceria com a Unicamp

A ação teve como objetivo preparar as sentenciadas para a vida profissional quando estiverem em liberdade

A época natalina é muito esperada pela maioria das pessoas. O clima familiar, o cheiro de chocolate, a música, os presentes e a famosa árvore de natal fazem a alegria das crianças, jovens, adultos e idosos de geração a geração.

Cada pessoa tem uma experiência singular com a data. E com Roseli Santana não é diferente. Embora ela esteja há mais de três anos na Penitenciária de Campinas, nunca perdeu a esperança e a fé na data. “O Natal é muito especial onde comemoramos com os nossos familiares o nascimento do menino Jesus e isso me traz boas lembranças”, diz a sentenciada.

Roseli foi condenada a 14 anos de prisão por tráfico de drogas, mas encontrou atrás das grades uma maneira de reescrever a sua história. Lá fora, um presente muito especial a espera: as três filhas, com quem tem contato. Enquanto este momento não acontece, a apenada procura aproveitar o tempo se aperfeiçoando por meio dos cursos profissionalizantes oferecidos pela Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), que visa a preparar os encarcerados para o retorno à sociedade.

Sendo assim, o melhor caminho para a ressocialização é o trabalho – e este Roseli já está trilhando. Este ano, ela ajuda outra duas reeducandas a produzir panetones. Assim, ela ocupa o tempo e aprende o ofício de padeira.

Mão na massa

No dia 16, três sentenciadas produziram 370 panetones com gotas de chocolate. O material foi fornecido pela Enactus – Unicamp. As sentenciadas puseram a mão na massa e levaram cerca de 8 horas para terminar a produção, que foi distribuída entre a população carcerária.

A parceria com a Universidade de Campinas acontece para dar oportunidade às reeducandas a aprenderem a fazer panetones e possivelmente usar o conhecimento quando estiverem em liberdade. Além disso, exercem o espírito natalino, presenteando as encarceradas com o alimento.

Voluntariado

A iniciativa de trazer o ofício para dentro da unidade prisional veio da médica da universidade, Silvia Maria Santiago, que atende voluntariamente as encarceradas. A profissional intermediou as tratativas com os integrantes da Associação Times Enactus, que ocorreram em reuniões virtuais.

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