02/08/12 | Mariana Morimura - Assessoria de Imprensa - SAP

CDP II de Pinheiros incentiva o bom convívio entre os presos

Projeto pioneiro já trabalhou com 27 reeducandos na unidade prisional

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Reeducandos receberam certificados no dia 30/05

Com o objetivo de prevenir a violência e manejar pacificamente conflitos entre presos, o Centro de Detenção Provisória (CDP II) de Pinheiros promove o projeto “Práticas em Justiça Restaurativa”. A ideia é reunir reeducandos com questões pendentes em uma roda, mediada por um facilitador, para que eles possam expressar seus pontos de vista e construir conjuntamente uma solução para o assunto tratado.

“Através de métodos participativos, os envolvidos em uma questão conflitiva aprendem a responsabilizar-se pelos seus atos, restaurar o dano e investir na reconexão dos laços afetivos”, explicou o diretor do presídio, Guilherme Silveira Rodrigues.

Quinze detentos receberam certificados por fazerem parte do projeto desenvolvido semanalmente, em parceria com a Pastoral Carcerária e o Centro de Recursos Humanos e Educação Popular, com carga horária de 40 horas. Além disso, apresentaram peças teatrais, musicais e cartazes com temas relacionados a conhecimento e liberdade.

Esta é a segunda turma que participa do projeto, tendo a primeira se formado no final do ano passado, com 12 reeducandos. A ação foi idealizada pelo Coordenador Nacional da Pastoral Carcerária, Padre Valdir João Silveira e pela especialista em Direitos Humanos, Joanne Teresa Blaney, que também integra a Pastoral Carcerária e coordena o projeto no CDP.

A direção da unidade informou que houve melhora no comportamento dos participantes, tanto no convívio entre si, como com os funcionários e os ministrantes das reuniões. Segundo a Pastoral Carcerária, os familiares desses reeducandos também observaram mudanças comportamentais positivas durante as visitas efetuadas.

Os próprios detentos contam que os encontros os fizeram refletir sobre os crimes cometidos e compreender as consequências de seus atos. “O êxito se verifica também com a ausência de intercorrências e o interesse de outros presos em participar de novas turmas”, afirmou Rodrigues.