30/11/20 | Pierre Cruz – Corevali
O presídio é o maior estabelecimento penal da região do Vale do Paraíba e Litoral Norte, com mais de 38 mil m²
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A supervisora Michele Gouvea, os funcionários Sérgio Augusto Alves, Mônica Aparecida Mendes, Waldir Modesto Moreira e o diretor Andre Luiz
Funcionários compartilham memórias ao verem fotografias antigas do presídio
Direção separou fotos antigas para decorar o refeitório no aniversário de 30 anos da Penitenciária I de Tremembé
A Penitenciária I “Dr. Tarcizo Leonce Pinheiro Cintra” de Tremembé completou 30 anos de atividade com homenagens ao corpo funcional e, em especial, aos que estão na casa desde o dia da inauguração. O aniversário do presídio é celebrado no dia 22 de novembro, porém, a comemoração simbólica aconteceu na segunda-feira, dia 23 de novembro, com a participação dos servidores em expediente e com respeito às medidas de proteção contra o Coronavírus.
Três funcionários foram convidados para um bate-papo para compartilhar as experiências na carreira prisional e foram parabenizados pela direção do presídio pelos serviços prestados à Secretaria da Administração Penitenciária (SAP). A oficial administrativo Mônica Aparecida Mendes e os agentes de segurança Waldir Modesto Moreira e Sérgio Augusto Alves estão na unidade prisional desde 1990 e participaram da conversa.
Waldir, de 55 anos, e Sérgio, de 53, começaram a trabalhar na penitenciária um mês antes da inauguração oficial, quando as obras ainda seriam finalizadas. “Foi interessante observar a modernização do presídio, as novas tecnologias de infraestrutura como a automatização das celas por exemplo”, afirma Waldir, que acredita que a evolução no sistema prisional só é possível com a união entre os servidores. “Todo serviço que realizo aqui é pensando nos meus colegas e no que será melhor para a equipe”, conta.
O estabelecimento penal é o maior na região do Vale do Paraíba e Litoral Norte, com 38.490,00 m² de área construída, e abriga presos dos regimes fechado e semiaberto. O espaço possui uma horta com verduras e legumes cultivados por reeducandos, além de três canis – dois com cães treinados para atividades táticas de segurança e um com cachorros abandonados que, depois de receberem os devidos cuidados, são disponibilizados para adoção.
Mônica, de 58 anos, trabalha no setor de Recursos Humanos da unidade prisional e acompanhou a transição de sete diretores-gerais diferentes. “Estou próxima da aposentadoria e, profissionalmente, eu me sinto realizada. Todo conhecimento que adquiri é transmitido para novos funcionários”, afirma a oficial administrativo. “Quando reflito sobre o tempo que passei aqui, eu me remeto a um sentimento de família”, completa. O agente Sérgio, que escuta ao lado, concorda com a declaração: “O que mais me traz orgulho é poder repassar o meu legado para gerações mais jovens de profissionais”, acrescenta.
Para celebrar a memória do ambiente, a direção do presídio selecionou fotografias antigas do local e decorou o refeitório para proporcionar o clima de nostalgia no corpo funcional. “O comentário de qualquer visitante a nossa unidade é o de que temos uma equipe aguerrida e comprometida com o serviço”, conta o diretor-geral da penitenciária, André Luiz Bolognin. “A qualidade dos nossos funcionários é um diferencial, não podíamos deixar essa data passar em branco. É uma equipe que todos os dias tem a energia de quem está no seu primeiro dia de trabalho”, reflete.
