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27/11/20 | Marcus Liborio - CRN

Presídio reúne adestradores para treinamento de cães

Com foco no bem-estar do animal, evento também buscou padronizar o trabalho realizado nas unidades

Os cães têm sido grandes colaboradores dos agentes penitenciários para o desempenho de suas atividades nas unidades prisionais. Com objetivo de padronizar o trabalho com os animais nos presídios, a Coordenadoria da Região Noroeste (CRN) promoveu, na segunda-feira, 23, o 1º Encontro Cinotécnico da CRN, no canil da Penitenciária II “Gilmar Monteiro de Souza”, de Balbinos. O evento contou com a participação de 26 adestradores e 12 cães.

O treinamento é baseado em cinotecnia, uma técnica usada no preparo dos animais para desempenhar tarefas específicas, como rastreamento de drogas e explosivos, guarda e proteção do perímetro prisional, captura e imobilização de suspeitos, controle de tumultos, entre outras ações.

Com intuito de alinhar a forma de atuação dos cães nos presídios, o encontro, organizado pelo cinotécnico responsável pelo canil da Penitenciária I “Dr. Walter Faria Pereira de Queiróz” de Pirajuí, Carlos Eduardo Morgado, contou com aulas teóricas e práticas.

Uma das técnicas aplicadas no evento foi a de incentivar o cão a operar por si só, com objetivo de torná-lo ativo mentalmente. Nesta etapa do treinamento, explica Morgado, são trabalhadas as emoções do animal. Para isso, o adestrador busca estimular diversos tipos de comportamento, premiando o cão com comida ou brinquedo no momento em que a emoção dele se eleva.

“Quando um cão é levado para passear, é nítida a emoção do animal, ficando claro que você causou um bem-estar para ele. A ideia é transformar esse potencial de atividade cerebral do cão em exercícios que sejam úteis para a nossa função no presídio, formando, assim, uma parceria entre animal e condutor”, destaca o adestrador.

CONTROLE

Um dos exercícios abordados no evento envolveu uma situação de controle do animal para abordagem de um indivíduo armado de faca. Na simulação, o cão avança contra o agressor, que se rende, e o animal então apenas aguarda a ação do agente. Ao ser conduzido, porém, o suspeito tenta uma fuga. Sob o comando do adestrador, o cão investe novamente e imobiliza o homem.

Em outra atividade, o cinotécnico usa um mordedor chamado “Manga Pino”. O utensílio serve como um medidor de emoções: a cada mordida, são identificados os comportamentos que o treinador deseja explorar no cão. “Diante destas reações, a gente faz a premiação ao animal e o incentiva a trabalhar mais feliz”, finaliza Morgado.

Ao todo, o evento contou com a presença de 26 adestradores, que atuam em nove unidades prisionais localizadas nas cidades de Avanhandava, Avaré, Balbinos, Bauru, Pirajuí, Taiúva, Ribeirão Preto e Serra Azul. Participaram do treinamento doze cães, das raças pastor Belga Malinois, Rottweiler e Pastor Alemão.

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