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22/10/20 | Fernanda Nagliati - CRC

Unidades prisionais de Sorocaba realizam programa de prevenção à tuberculose em parceria com o Depen

Já em Piracicaba, penitenciária é considerada referência no tratamento da doença pelo quarto ano

O Centro de Detenção Provisória (CDP) e a Penitenciária Dr. Antônio de Souza Neto, em Sorocaba, estão realizando um trabalho de conscientização dos perigos causados pela tuberculose no sistema prisional fazendo a divulgação de material didático em parceria com o Departamento Penitenciário Nacional (Depen) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), desde 2018.

Intitulado Prisões Livres de Tuberculose, o projeto está em andamento em 17 unidades prisionais do Estado de São Paulo, a fim de minimizar o contágio, já que o ambiente prisional favorece a propagação da bactéria. A tuberculose é uma doença infecciosa, transmitida pelo ar, causada por um bacilo que afeta principalmente os pulmões, mas também pode atingir os ossos e o sistema nervoso. Perda de apetite, tosse por mais de três semanas, irritação e cansaço são alguns dos sintomas que podem ser confundidos com uma pneumonia ou gripe comum. No entanto, o tratamento é acessível.

Ainda que seja tão antiga quanto à colonização portuguesa no Brasil, esta enfermidade continua presente na vida de milhares de brasileiros, como afirma o Ministério da Saúde ao registrar 200 novos casos no Brasil por dia. Apesar dos números serem assustadores, a desinformação ainda é elevada. Por isso, a campanha utiliza estratégias de comunicação e de educação em saúde.

Busca ativa

Durante a pandemia, as equipes de saúde estão intensificando os atendimentos a fim de cumprir com o dever do Estado de garantir atendimento de saúde aos reclusos. Entre as ações mais recentes, destaca-se a busca ativa em todas as unidades prisionais da Coordenadoria das Unidades Prisionais da Região Central (CRC) para identificar os sentenciados que estão com tuberculose. Além, disso, ocorre um encaminhamento para o tratamento. Visto que, se não tratada adequadamente, pode ser um agravamento de infecção pela Covid-19.

Os procedimentos ocorrem dentro das normas recomendadas pelos órgãos de saúde, com o uso de máscaras, óculos de proteção, aventais, higienização do material hospitalar e o distanciamento social. Os presídios também contam com celas nas alas de saúde, dedicadas ao isolamento de privados de liberdade que testarem positivo para tuberculose.

Referência no Estado

Pelo quarto ano consecutivo a Penitenciária Masculina de Piracicaba foi considerada referência no Estado quanto ao tratamento entre a população carcerária. O trabalho desenvolvido na unidade acontece em parceria com o governo e resultou em uma premiação no Fórum Anual de Tuberculose do Estado de São Paulo, na edição de 2020. Em 2019, a unidade registrou 22 casos, os quais foram tratados e curados.

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