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30/09/20 | Pierre Cruz – Corevali

Gatil do CDP de Taubaté recebe prateleiras produzidas por detentos

Presos da Penitenciária II de Potim participam da ação e produzem prateleiras, beliches e casinhas para gatos

O gatil do Centro de Detenção Provisória (CDP) “Dr. Félix Nobre de Campos” de Taubaté está com nova decoração depois que recebeu a doação de dez prateleiras de madeira desenvolvidas para acomodar gatos, no dia 21 de setembro. Os itens foram produzidos de forma artesanal por reeducandos da Penitenciária II de Potim, que trabalham na confecção de casinhas para cães abandonados.

A iniciativa de criar peças para os felinos tem como objetivo expandir o potencial criativo dos detentos, que já dominam as técnicas de marcenaria e de pintura. Os paletes de madeira, matéria-prima do projeto, chegam ao presídio por meio de parcerias com empresas que precisam descartar o material. A tinta e outros apetrechos da produção foram doados pela sociedade civil ou por ONGs e outras entidades.

Oito presos do regime semiaberto participam da atividade e recebem remição de pena pelo trabalho realizado. “O modelo e as medidas das prateleiras foram encaminhados por membros do Conselho da Comunidade da Vara da Execução Criminal (CCVEC) de Taubaté, então, a única coisa necessária para fabricar os itens foi o talento dos reeducandos”, afirma o diretor-geral da unidade de Potim, Gustavo Henrique Costa.

O diretor explica que a peças são desenvolvidas em coleções sob demanda para doações especiais. Além do gatil no CDP, o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Taubaté também recebeu acessórios para gatos. A ação aconteceu em meados de agosto e foram doadas 21 peças, entre prateleiras, beliches e casinhas de madeira.

“É a oportunidade que os reeducandos têm de expressar seu lado artístico na elaboração de artes gráficas, bem como desenvolver o seu lado humano no trato de animais de estimação, aflorando nos internos o senso de responsabilidade e de convívio em sociedade”, reflete Costa.

CACHORROS

A responsabilidade com o bem-estar animal está presente em presídios do Vale do Paraíba e Litoral Norte. Além da Penitenciária II de Potim, os presos do CDP “Dr. José Eduardo Mariz de Oliviera” de Caraguatatuba e do Centro de Progressão Penitenciária (CPP) “Dr. Edgard Magalhães Noronha” de Tremembé produzem casinhas para cães abandonados como atividade laborterápica.

As doações são organizadas pela ONG Patas Pela Inclusão e pelo CCVEC de Taubaté. A ação acontece em feiras de adoção dos cães que estão abrigados no canil da Penitenciária I “Dr. Tarcizo Leonce Pinheiro Cintra” de Tremembé.

Entidades que cuidam de animais também recebem as peças. Em setembro, os presos de Potim produziram 12 casinhas para o Santuário de Pachamama, recinto em Cunha que recolhe cães abandonados. “O engajamento dos presos é total, são verdadeiros artistas”, afirma Márcia Toledo, membro do CCVEC e do Patas Pela Inclusão.

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