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25/08/20 | Amanda de Oliveira - CRC

Região central faz mais de 80 mil atendimentos pelo Conexão Familiar

Em tempos de pandemia, sentenciados se comunicam com seus familiares por e-mail ou por visitas virtuais

A pandemia trouxe novas formas de adaptação desde o uso de máscaras, higienização, até a forma de nos conectarmos com as pessoas no trabalho ou em relações pessoais. O sistema penitenciário também precisou se adaptar para continuar o processo de ressocialização e estreitar os laços entre os reeducandos e seus familiares, já que as visitas foram suspensas como uma das medidas preventivas contra a proliferação da Covid-19.

Desta forma, a Coordenadoria das Unidades Prisionais da Região Central (CRC), subordinada à Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) e responsável por 39 estabelecimentos penais, realizou aproximadamente 87 mil trocas de e-mails e cerca de 10 mil visitas virtuais por meio do projeto Conexão Familiar, cujo o objetivo é estabelecer um meio de comunicação entre os encarcerados e as pessoas devidamente cadastradas no rol de visitas.

A interatividade pode ser realizada em duas modalidades: por meio de envio de mensagens encaminhadas via formulário ou por videoconferência, denominada “visita virtual”, esta última teve início em 25 de julho e ocorre aos finais de semana. Cada uma das modalidades tem regras específicas. No entanto, em ambos os casos, somente as pessoas regularmente cadastradas no rol de visitas poderão ter acesso.

O projeto é da Coordenadoria de Reintegração Social e Cidadania (CRSC), também subordinada à SAP.

Estreitando laços

Uma reeducanda do Centro de Ressocialização Feminino ”Carlos Sydnes Cantarelli” de Piracicaba se identificou com o propósito do projeto. Ela está reclusa há nove meses e quando começou a pandemia ficou sem acesso aos familiares por causa da suspensão da saída temporária e das visitas.

“Desde quando começou essa pandemia, perdemos o contato físico com nossos familiares, mas o projeto Conexão Familiar está estreitando os laços, com os e-mails e as visitas virtuais, porque o correio ficou com excesso de correspondência, dificultando a nossa vida”, disse a sentenciada.

Para ela, a possibilidade de conversar com seus parentes trouxe tranquilidade e muita expectativa por faz ela se sentir atualizada sobre o estado em que se encontra os seus parentes e ainda recebe palavras de incentivo e conforto por parte destes.

“Fico tranquila ao saber notícias dos meus filhos e netos. Se não fosse o projeto, eu estaria bem preocupada. Com a troca de e-mails eu tenho resposta imediata e ainda posso ver meus familiares duas vezes por semana, durante a visita virtual”, conclui a reeducanda.

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