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17/08/20 | Amanda de Oliveira - CRC

Criatividade: Servidores ajudam unidades prisionais a evitar a proliferação da Covid-19

Lava car e totens foram criados para ajudar nas ações que previnem a doença

A criatividade pode ser um dos remédios para situações incertas, principalmente no meio profissional, em épocas de crise na saúde. Nesse sentido, sempre há quem atue além de suas funções, contribuindo de maneira positiva ao trazer inovações para o ambiente de trabalho.

É assim que servidores dos Centros de Detenção Provisória de Capela do Alto e Hortolândia e da Penitenciária de Mairinque têm atuado com a prevenção da Covid-19, além do cumprimento das determinações para o enfrentamento da enfermidade estipuladas pelo Centro de Contingência do Coronavírus. As unidades citadas pertencem à Coordenadoria das Unidades Prisionais da Região Central (CRC).

Nos CDPs de Capela e Hortolândia, funcionários criaram totens de madeira com material da própria unidade prisional. Os equipamentos foram distribuídos em lugares estratégicos dos estabelecimentos penais, possibilitando que as pessoas que circulem pelos locais possam fazer a higienização das mãos.

Em Capela do Alto, os totens foram criados por Anderson Luiz Porcino, que é agente de escolta e vigilância penitenciária, desde 2003. Ele, que também é educador físico por formação, tem orientado os colegas nas atividades físicas visando a qualidade de vida e o condicionamento físico a fim de que desempenhem melhor o trabalho na área da segurança.

Nas horas vagas, Porcino atua na área de carpintaria, o que o motivou a fabricar os totens para o CDP. Ele tem uma carpintaria, que diz funcionar como um tratamento para o seu emocional. "Tenho a carpintaria como hobby há cinco anos e é a minha terapia. É muito prazeroso fazer o que a gente gosta, ainda mais quando podemos alinhar essa atividade para trazer benefícios ao nosso ambiente de trabalho", encerra o agente. No CDP de Hortolândia, os totens foram criados pelo funcionário Luciano Henrique Dornelles.

Já na Penitenciária de Mairinque, o agente penitenciário Ulisses de Oliveira França teve a ideia de criar uma espécie de lava car, onde todos os veículos que têm acesso à unidade prisional, ao passar pela subportaria, recebem um jato de água com quaternário de amônia, acionado por registro. Assim, o transporte é higienizado evitando o aumento da proliferação do vírus. Esse sistema de desinfecção com aspersores foi feito com caixa d’água, cano de pvc, registros de gaveta e cola. França está na SAP há mais de cinco anos e diz que a ideia surgiu durante a dedetização feita na unidade prisional.

“Observei como era feita a limpeza com a bomba costal e pensei em construir um arco de desinfecção de forma mecanizada, que limpasse os pneus e latarias de todos os meios de transportes que entram na unidade”, diz. As atitudes dos funcionários se unem aos cuidados que a SAP está mantendo com unidades prisionais. Entre abril e maio, mais de 300 mil materiais foram entregues à Coordenadoria. Na lista dos insumos estão máscaras, protetores faciais do tipo “face shield” - composto por uma tela de proteção transparente de acrílico -, óculos de proteção, álcool gel, toucas, sabonete líquido e totens.

Servidores que fazem mais

Além da criatividade, é possível falar também, sobre empatia. Na Campanha de Agasalho, realizada neste ano, mais de 5 mil peças foram arrecadadas e destinadas para instituições de caridade. Todos os anos, a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa), com o apoio do Centro de Qualidade de Vida e Saúde do Servidor (CQVidass), tem a iniciativa de promover essa ação solidária, estreitando laços entre o sistema prisional e a sociedade.

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