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29/06/20 | Fernanda Nagliati - CRC

Horta no CR de Piracicaba demonstra trabalho em conjunto entre servidores e reeducandas

O verde das hortaliças tem preenchido espaços na unidade prisional e promovido uma alimentação ainda mais saudável

O trabalho conjunto entre servidores e reeducandas do Centro de Ressocialização (CR) de Piracicaba fez com que espaços de terra batida ganhassem o verde de hortaliças orgânicas.

Elaborada no início de 2018, por ideia de uma sentenciada que até então cumpria pena ali, a horta fica em volta da caixa d’água da unidade prisional e conta com a manutenção e colheita de duas reeducandas sob auxílio da servidora Elen Lacerda de Oliveira, agente de segurança penitenciária que se voluntariou para colaborar com a manutenção do lugar.

Não é de hoje que a unidade cultiva hortas. Em 2015, com o auxílio de uma engenheira agrônoma, reeducandas estruturaram uma estufa que fornecia mudas para a Penitenciária de Piracicaba. A horta acabou sendo desativada para dar espaço a um galpão de trabalho, gerando novas oportunidades. De acordo com a sentenciada D.C.S.S, a horta fez falta mas a chegada de novas hortaliças fez tudo mudar. “Sinto-me bem cuidando da horta e recebendo elogio por isso. Ela virou um espaço especial que nos proporciona uma alimentação saudável, por isso ela é muito importante para nós”, comenta.

Desde o início, a horta recebeu apoio dos servidores da unidade, em especial da funcionária Elen, que doa as sementes para o plantio. Segundo ela, é gratificante contribuir para um projeto especial como este. "Me sinto plena e muito grata diante do sorriso de muitas vidas que consomem as verduras. Além disso, a horta também conta com doações sazonais do Isaltino Bicudo Sampaio Mudas", diz.

Até então, a horta já produziu alface, quiabo, manjericão, hortelã, salsa, salsinha, cebolinha, rúcula, entre outras hortaliças. Os produtos são destinados ao abastecimento da cozinha central da unidade no intuito de complementar a alimentação servida para reeducandas e funcionários.

Para a diretora geral, Celeste Maria Varella Abamonte, o projeto possibilita mais uma alternativa para ocupação das presas. "É muito bom acompanhar de perto o desenvolvimento da horta e a felicidade durante a colheita e preparo das verduras”, explica.

aasassa
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