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19/05/20 | Amanda de Oliveira - CRC

Região central adota medidas essenciais para conter a Covid-19

Vacina contra gripe, verificação de temperatura e outras ações estão entre as medidas de combate ao novo Coronavírus

As unidades prisionais que pertencem à Coordenadoria das Unidades Prisionais da Região Central (CRC) estão se mobilizando para desenvolver ações contra o novo Coronavírus. A Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) segue as determinações do Centro de Contingência do Coronavírus e avalia permanentemente o direcionamento de ações para o enfrentamento do problema que mudou a rotina do sistema prisional.

Seguindo as determinações do Governo do Estado, todas as aulas, sejam dos ensinos médio e fundamental ou cursos profissionalizantes, foram suspensas. No trabalho, apenas os considerados essenciais, como limpeza e serviços de alimentação, foram mantidos.

O Grupo Regional de Ações de Trabalho e Educação (Grate) da CRC elaborou um manual com orientações para evitar a proliferação do vírus no ambiente prisional. Dicas de como lavar as mãos corretamente, sobre o manuseio e higienização dos alimentos e dos vestuários têm auxiliado a diretoria dos estabelecimentos a manter a rotina em tempos de pandemia.

Em parceria com prefeituras e instituições, as prisões estão sendo higienizadas. Algumas já receberam caminhões-pipa para a lavagem de todo o ambiente prisional. Anualmente, a Coordenadoria de Saúde da SAP vacina a população carcerária contra a Influenza. As aplicações começaram no dia 14 de abril e a previsão é que se estendam até o final deste mês. Neste ano, a vacinação tem um objetivo maior: diminuir a incidência de infectados com a H1N1, como uma estratégia para evitar a procura por prontos socorros e evitar, com isso, a transmissão da doença. Nas portas dos presídios foram colocadas caixas higienizadoras para que as pessoas façam a limpeza dos calçados ao sair e ao entrar no local de trabalho. Logo na porta, quando chegam para suas atividades, é feita a aferição da temperatura.

Saúde mental

Em tempos difíceis, cercados por incertezas causadas pela Covid-19, é normal que ocorra uma tensão na população. Os sentimentos de ansiedade, a dúvida e o medo do futuro são situações que precisam de uma atenção especial, segundo especialistas. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), parte destes conflitos emocionais podem estar relacionados com a quantidade de informação que as pessoas acessam todos os dias.

Segundo matéria publicada no site da PUC do Rio Grande do Sul, o SARS – pandemia que ocorreu em 2010 -, desencadeou sintomas de estresse pós-traumático em 29% das pessoas, enquanto 31% tiveram depressão.

Pensando nesses entraves, o sistema prisional tem adotado algumas medidas para ocupar o tempo dos presos, como as atividades lúdicas. Elas têm sido desenvolvidas nas prisões. O objetivo é distrair os sentenciados e promover a saúde mental, por meio de práticas esportivas, jogos de tabuleiro e também no campo da arte e criação.

Criatividade

Dois reeducandos do Centro de Ressocialização de Mococa, que trabalham na área de manutenção da unidade prisional, criaram um mecanismo para facilitar o processo de higienização da cozinha. Trata-se de uma adaptação técnica para acionar a torneira da pia por meio de um pedal. Assim, os responsáveis pela limpeza do ambiente podem lavar as mãos, a louça e os alimentos sem precisar tocar na torneira. Os idealizadores 'batizaram' a criação com o nome de Scremam - Sistema Centro de Ressocialização de Mococa de Assepsia das Mãos. O experimento ainda está em teste e tem a supervisão do agente de segurança Valdir Victor e sua equipe.

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