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07/04/20 | Fernanda Nagliati e Amanda de Oliveira - CRC

Penitenciária de Mogi Guaçu recebe doação de livros do Instituto Federal de Minas Gerais

Projeto da biblioteca que pertence ao Instituto já entregou mais de 100 exemplares para unidade prisional

Atrás das grades, lidar com a culpa e com o arrependimento não é tarefa fácil. Por isso, detentas da Penitenciária Feminina de Mogi Guaçu, no Interior do Estado, passaram a usar a literatura como forma de terapia para entender os sofrimentos causados após os seus atos, por meio do projeto “Novas Páginas”.

A iniciativa faz parte da Biblioteca Afonso Arinos, do Instituto Federal do Sul de Minas Gerais (IFSULDEMINAS) – campus Inconfidentes – e tem como objetivo estimular a leitura nas unidades prisionais com a doações de obras literárias.

Para a servidora da biblioteca e uma das idealizadoras do projeto, Caroline Machado, a meta é despertar nas reeducandas a cidadania. “Queremos aproximar as sentenciadas do universo literário, servindo como ferramenta no processo de ressocialização”, explicou Caroline.

A biblioteca doou, no total, mais de 100 títulos diferentes para a unidade prisional, todos provenientes de multas dos usuários devido ao atraso na entrega das obras emprestadas, já que, como punição, ele têm que 'pagar' fazendo a doação de um livro diferente. Além desses títulos, outros livros também foram doados por pessoas que se sensibilizaram com o projeto.

Segundo a diretora técnica da Penitenciária de Mogi Guaçu, Daniela de Freitas Melo, o projeto vai surtir um efeito muito positivo na área educacional da unidade. De acordo com ela, o projeto vai alcançar não só as sentenciadas, mas também o corpo funcional do local. "Estamos muito felizes com o recebimento dos livros para as reeducandas e para o corpo funcional, pois é o início de um projeto que tende a crescer muito”, comemorou.

A Penitenciária de Mogi Guaçu não é a primeira a ser beneficiada pelo projeto. Em janeiro de 2019, o Instituto doou mais de 140 títulos literários diferentes para a unidade prisional de Ouro Fino, em Minas Gerais, a fim de ressaltar o poder transformador da educação na vida de pessoas privadas de liberdade. Além de Caroline, o projeto é também idealizado por Lidiane de Oliveira.

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