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07/04/20 | Marcus Liborio - CRN

Detento é palestrante em evento voltado à leitura

Preso do CPP de Jardinópolis trabalha na biblioteca da unidade e faz faculdade de Biblioteconomia

Um preso que cumpre o regime semiaberto no Centro de Progressão Penitenciária (CPP) de Jardinópolis foi palestrante em um evento de incentivo à leitura. Além de atuar na biblioteca da unidade, Florindo Cassimiro Junior, 37 anos, cursa o segundo semestre de Biblioteconomia a distância (EAD) e compartilhou sua experiência na área para um público de aproximadamente 70 pessoas.

O encontro ocorreu em 12 de março, quando é comemorado o Dia do Bibliotecário, no auditório da Biblioteca Sinhá Junqueira de Ribeirão Preto, em celebração à data. O convite ao reeducando partiu do coordenador-geral do estabelecimento cultural e ex-servidor do Centro de Progressão, Ciro Athayde Barros Monteiro.

“É importante que a comunidade externa conheça um pouco do trabalho realizado pela SAP (Secretaria da Administração Penitenciária) com relação à educação e processos de ressocialização que acontecem no interior do presídio”, destaca Monteiro.

Com o tema "Livro, Literatura e Biblioteca na Prisão", o evento contou também com a participação de um ex-detento, que trabalhou na Sala de Leitura quando cumpriu pena no CPP de Jardinópolis.

IMPORTÂNCIA DA LEITURA

Para o reeducando Florindo, ministrar palestra com auditório lotado fez com que ele pudesse mostrar uma visão mais abrangente de como ocorre a prática de fomentação à leitura e o processo de disseminação da informação no sistema prisional.

“Foi gratificante passar um pouco da minha experiência aos presentes. Senti uma emoção enorme quando alguns alunos vieram me parabenizar pela transformação que a educação fez na minha vida”, comemora Florindo.

IMPACTO POSITIVO

O diretor da Biblioteca “Sinhá Junqueira” destaca que a presença do preso no evento causou impacto positivo no público. “Principalmente, quando ele contou que estava fazendo curso superior dentro da prisão e que as atividades educacionais realizadas na unidade despertaram nele o amor pela leitura e a busca por outras formas de vida além do crime”, finaliza Monteiro.

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