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28/02/20 | Sonia Pestana - Coremetro

SAP promove ações de visibilidade trans com foco no respeito às diferenças

Com uma programação diversificada, o CDP Pinheiros III reuniu profissionais em torno da temática LGBTQI+

A Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) tem investido na reintegração social de toda a população carcerária, incluindo o público LGBTQI+ (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais, Travestis e Transgêneros, Queer e Intersexuais). Com o apoio da Coordenadoria de Unidades Prisionais da Região Metropolitana de São Paulo (Coremetro), o Centro de Detenção Provisória (CDP) III de Pinheiros promoveu a 2ª edição da série de ações sobre o Dia Nacional da Visibilidade Trans, comemorado em 29 de janeiro.

Para o diretor geral da unidade, Roberto Wagner dos Santos, a realização do evento demonstrou o respeito e a igualdade de tratamento da população trans. Segundo ele, o evento foi reflexo da dignidade expressa na Resolução SAP n° 11/2014, que dispõe sobre a atenção integral ao público LGBTQI+ no que trata da diversidade de gêneros dos custodiados pela Pasta.

Ações múltiplas

Para a promoção de saúde, o CDP contou com o apoio de parceiros da Universidade Nove de Julho (Uninove), que desenvolveram dinâmicas sobre Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), autoexame bucal, detecção de Hanseníase, prevenção ao suicídio, meditação para controle emocional, além de abordagens sobre o uso de preservativos e prevenções e antirretrovirais (ARV) com intento de minimizar riscos de adquirir o HIV.

Na área cultural, o grupo contou com hip-hop e poesia com o coletivo Dente de Leoa, que alia música e poesia com temáticas LGBTQI+. A participação do Transarau e de Rosa Luz com leitura de poemas permitiu a criação coletiva de versos e empoderamento por meio de textos.

Uma amostra do Festival Entretodos propôs, por meio de um cine debate, a discussão e reflexão sobre Direitos Humanos. A exibição dos curtas “Os Sapatos de Aristeu”, “Lady Burka” e “Tant Pis” fez com que muitos se vissem representados pelas situações vivenciadas nos projetos audiovisuais.

Entre os convidados do bate-papo, estava a professora Herbe Discórdia, que falou sobre a valorização da escolaridade como forma de pertencimento ao meio social e, consequentemente, uma possibilidade de colocação da pessoa trans no mercado de trabalho. Como complemento, as ações ganharam ainda as abordagens de parlamentares de São Paulo.

Já na seção “Tapa no Visual”, os parceiros, o Instituto Brasileiro de Transmasculinidade (Ibrat) e o coletivo Prisma, da Universidade Federal do ABC (UFABC), promoveram ações de beleza com maquiagem, corte de cabelo, escova, prancha, além da distribuição de materiais de higiene pessoal.

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