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21/02/20 | Eliane Borges - Croeste

Unidades abordam visibilidade trans em projetos com sentenciados

Atividades incluíram reflexão sobre o tema e autoconhecimento

Comemorado em 29 de janeiro, o Dia da Visibilidade Trans ganhou espaço também nos presídios paulistas. Para comemorar a data, alguns estabelecimentos realizaram palestras e rodas de conversa voltadas ao tema e exibiram filmes que tratam do assunto.

Na Penitenciária “Nestor Canoa” de Mirandópolis, o Supervisor Técnico III, Jean Carlos Sanches da Silva, ministrou uma palestra para 44 sentenciados sobre “Direitos e Deveres da População LGBTQI+”. Em seguida, as enfermeiras Lúcia Júlio Marconato e Nair Júlio abordaram a importância da prevenção contra doenças sexualmente transmissíveis. No intervalo das palestras, foi servido um café da manhã aos reeducandos, que também formularam perguntas aos profissionais de saúde.

Palestra sobre o assunto também foi ministrada no Centro de Detenção Provisória de Nova Independência pela psicóloga Elaine Peres Batista e a Assistente Social Dagmar Cristina Rodrigues da Silva, ambas da prefeitura local.

Cinematografia

A Penitenciária de Assis desenvolveu duas atividades idealizadas pela Diretora Substituta de Trabalho e Educação, Roseli Ferreira Ameduri e executadas em parceria com a graduanda de Letras da Unesp de Assis, Yasmin Dionísio Paes. Uma delas foi a exibição do filme “A Garota Dinamarquesa”, de Tom Hooper, que conta a história de Lili Elbe, nascida como Einar Wegener, uma artista de sucesso na Dinamarca e, uma das primeiras transgêneras da história, pelo que se tem registro, submeter-se a uma série de cirurgias de redesignação sexual nos anos 30. Após o filme, houve uma roda de bate papo sobre o mesmo tema, seguido de uma palestra que abordou a identidade de gênero, orientação afetiva sexual e sexo biológico.

Por fim, reeducandas da Penitenciária Feminina de Tupi Paulista, que se autodeclararam homens trans, assistiram um curta-metragem sobre o tema, com personagens e suas questões, dilemas, relações com a família, trabalho, experiências, processos transitórios e de autoconhecimento. Logo após, foi realizada uma roda de conversa e servido um café da tarde. “Esses projetos favorecem novos conhecimentos. Abrem nossa mente para novas ideias, para que a gente consiga deixar de lado velhos preconceitos e viver melhor em sociedade”, enfatizou um reeducando de Assis.

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