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18/02/20 | Kelma Jucá - Corevali

Horta da Penitenciária II de Potim emprega reeducandos

Mais de 10 tipos de hortaliças estão sendo cultivadas. São três estufas que contam com o apoio de servidores

O verde das hortaliças começou a tomar conta do que antes era só terra batida, numa área de 400 m² na Penitenciária II de Potim. Em sua quarta colheita, a unidade está sentindo, no dia a dia, os sabores que o tempo traz para quem aprende sobre o ofício de plantar o próprio alimento.

Elaborada em maio do ano passado, a horta da unidade prisional emprega, hoje, 11 reeducandos do regime semiaberto que foram capacitados por meio de um curso sobre horticultura do Instituto Paula Souza.

As três estufas já produzem alface, couve, salsinha, salsa, cebolinha, abóbora, pimentão, repolho, rúcula, abobrinha e espinafre. Da primeira safra, no último mês de dezembro, foram colhidos 250 pés de alface – o suficiente para suprir a necessidade de um dia de alimentação para presos e servidores.

As sementes são custeadas com recursos da própria unidade, que também recebe doações sazonais, inclusive de mudas, tanto do corpo funcional como da Pastoral Carcerária.

Para a montagem da horta, o projeto foi concebido e apoiado por diferentes setores, como a Coordenadoria de Reintegração Social e Cidadania, que disponibilizou os insumos e os materiais para a obra, e o Grupo Regional de Ações de Trabalho e Educação (Grate) da Coordenadoria das Unidades Prisionais da Região do Vale do Paraíba e Litoral (Corevali), que capacitou reeducandos e servidores para lidarem com o cultivo de hortaliças.

Desde o início, a horta recebe apoio dos servidores da unidade, que se organizaram para a adequação do espaço físico, otimizando o local que, até então, não era aproveitado. Hoje, o projeto dispõe de um Agente de Segurança Penitenciária (ASP) com formação em Gestão Ambiental, o João Carlos Almeida, que se voluntariou a usar sua expertise para a manutenção do lugar.

Todos os gêneros colhidos são destinados ao abastecimento da cozinha central da unidade, no intuito de complementar a alimentação servida aos reeducandos dos regimes fechado e semiaberto, bem como a servida aos funcionários.

Para o diretor-geral da Penitenciária II de Potim, Gustavo Henrique Costa, o projeto possibilita aos reeducandos mais uma alternativa para o trabalho e ocupação. “Além de contribuir para fins de remição de pena, a horta fomenta a capacitação profissional dos reeducandos para o trabalho com a produção agrícola, incrementa medidas voltadas à reintegração social, através da conjunção de ações de trabalho e educação, impactando no processo de recuperação e na reconstrução de sua identidade como indivíduo e cidadão”, explica.

aasassa
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