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12/02/20 | Caio Daniel - Coremetro

Servidor da SAP usa as religiões como ferramentas na tentativa de transformar vidas

Sergio Gomes recebe prêmio “Reconhecendo Gente que faz + 2019” por sua dedicação aos trabalhos religiosos com sentenciados

Servidor da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) há 27 anos, o Agente de Segurança Penitenciária (ASP) Sérgio Gomes vem desenvolvendo um trabalho exemplar na Penitenciária “José Parada Neto”, de Guarulhos. Além de atuar no setor de segurança e disciplina, ele é responsável pelo agendamento de visitas de diversas entidades religiosas no presídio, que pertence à Coordenadoria de Unidades Prisionais da Região Metropolitana de São Paulo (Coremetro) da SAP.

Em seu dia-a-dia, ele organiza as celebrações que ocorrem na capela, recebe e acompanha as autoridades eclesiásticas. Ainda como parte de suas atribuições está a emissão de relatórios das atividades e, principalmente, a triagem dos reeducandos da unidade. As ações de Gomes contribuem para a paz e segurança no local para que os reeducandos possam declarar a fé de forma digna.

O trabalho realizado por Gomes resultou, em outubro de 2019, no merecido destaque no projeto “Reconhecendo Gente que faz +” do sistema prisional paulista. A homenagem ocorreu na sede da SAP, em Santana, na zona norte, e a entrega da medalha foi feita pelo Secretário da Pasta, Coronel Nivaldo Cesar Restivo.

Para o diretor da penitenciária, André Luiz Alves, a premiação faz jus ao trabalho do servidor. Segundo ele, Gomes exerce uma função ressocializadora por meio da religião, algo que vem ajudando tantas pessoas presas como também os colegas de trabalho.

Ferramenta de transformação

Aproximadamente 2.300 mil presos frequentam mensalmente as reuniões promovidas por 11 denominações na capela. De acordo com o diretor Alves, a religião é uma importante ferramenta no processo de reintegração social, pois ajuda a repensar a vida e a criar novos planos para o futuro. “A partir do momento em que os reeducandos começam a frequentar as reuniões na capela, já se nota a mudança de comportamento. Eles começam a repensar sobre as escolhas que fizeram e a ter esperança para um novo futuro”, explica o diretor.

Para o homenageado, o que o leva a realizar o serviço com tanto zelo é observar que vidas podem ser transformadas por meio da mensagem de paz e de fé que as religiões ensinam. “Minha motivação é manter um ambiente melhor para todos, tanto para os reeducandos quanto para os meus colegas de trabalho”, finaliza Gomes.

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