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22/01/20 | Sonia Pestana – Coremetro

Onda de solidariedade no ar

Presos do sistema penitenciário paulista estão à frente de um projeto que produz bichos de pelúcia para crianças e jovens com câncer

Nos últimos tempos, o verbo doar vem fazendo sentido especial para um grupo específico de pessoas. Independentemente da época do ano ou do lugar onde vivem, esses voluntários não medem esforços para realizar o sonho de crianças e jovens com câncer de terem momentos de felicidade. Trata-se do grupo Anamnese, do Centro de Detenção Provisória (CDP) II “ASP Willians Nogueira Benjamin”, de Pinheiros, estabelecimento penal da Coordenadoria de Unidades Prisionais da Região Metropolitana de São Paulo, pertencente à Secretaria da Administração Penitenciária (SAP).

Os 800 reclusos da unidade prisional envolvidos na ação têm um objetivo em comum e realizam, diariamente, em suas celas, uma caprichada linha de produção. Cada um sabe seu papel no contexto e é certo que, na reta final, estarão prontos bichos de pelúcias de diversos tamanhos para acalentarem a dor do próximo.

Desde o início, o grupo tem como finalidade proporcionar a laborterapia a seus participantes, ao mesmo tempo em que eles também se tornam agentes de transformação em suas próprias vidas e fazem a diferença para pessoas atendidas por instituições sociais reconhecidas mundialmente, dentre elas a Organização Não Governamental (ONG) Amigos do Bem, voltada aos projetos solidários nos estados de Alagoas, Ceará e Pernambuco e as instituições Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer (Graacc), que há 25 anos promove tratamento de qualidade contra o câncer. Ainda em destaque está a Casa Maria Helena Paulina, que presta apoio prático aos pacientes e seus familiares que buscam tratamento especializado na cidade de São Paulo.

Criação e objetivo

Segundo a direção da unidade prisional, o Grupo Anamnese surgiu em 2011. Desde sua criação, os brinquedos manufaturados pelos detentos do CDP são criados para doação. A Casa Maria Helena Paulina, frequentemente, recebe bichos de pelúcia e distribui ao pacientes.

Ao longo do tempo, o processo de produção e distribuição do grupo acabou envolvendo outras pessoas além dos presos. Nessa dinâmica, familiares e servidores também passaram a fazer parte da ‘engrenagem’. Assim, de forma literal, a onda de solidariedade pairou no ar.

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