22/01/20 | Caio Daniel – Coremetro
CDP Chácara Belém I realizou diversas ações, como desfile de beleza, inauguração de novo parlatório e palestras sobre inclusão social
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Reeducandos participaram do curso de modelo e desfilaram na passarela do evento
De 9 e 13 de dezembro de 2019, o Centro de Detenção Provisória (CDP) Chácara Belém I realizou a 1ª Semana de Direitos Humanos. O evento contou com apoio da Coordenadoria de Unidades Prisionais da Região Metropolitana de São Paulo (Coremetro) da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) e teve como objetivo promover a valorização humana, discutir e demonstrar a importância dos direitos humanos para reeducandos e servidores do sistema prisional.
Pelo menos 330 presos participaram das atividades que contaram com palestras sobre diversidade sexual e intolerância religiosa, apresentação de coral, desfile de moda e mostra de peças artesanais feitas pelos internos. De acordo com o diretor geral do CDP, Wilton Marçal, o evento ajudou a sedimentar as conquistas em torno dos avanços dos direitos humanos e a promover o tema entre servidores e pessoas presas.
Familiares dos reeducandos da Ala de Progressão Penitenciária (APP) puderam participar das ações, como a conclusão dos cursos de canto e de moda promovidos por professores voluntários, entre eles Mila Moreira, estilista e produtora, que ensinou um grupo de reeducandos a como desfilar na passarela. “Nosso intuito com essa atividade foi mais que simplesmente ensinar sobre moda. Queremos que eles se tornem pessoas melhores para a sociedade e para eles mesmos”, explica.
O 1º Fashion Day organizado pela estilista visou promover a diversidade com categorias como Beleza Negra, Plus Size, Terceira Idade e LGBTQI+. Os modelos foram os próprios participantes do curso, que escreveram cartazes com frases de amor e respeito.
Novo parlatório
Com espaço moderno e confortável, a APP do CDP Belém I recebeu uma nova sala para atendimentos de advogados. A inauguração ocorreu no dia 12 de dezembro e contou com a presença de autoridades e servidores da unidade prisional.
“O novo parlatório visa garantir o sigilo nos atendimentos, a atuação dos profissionais do Direito e a dignidade das pessoas que estão cumprindo pena”, completa Marçal.
