26/12/19 | Marcus Liborio - CRN
Detentas da Penitenciária de Guariba doam mechas para confecção de perucas aos pacientes do Hospital de Amor, em Barretos
Clique para ver mais fotos
Pressione para ver mais fotos
Profissionais de um salão de beleza de Guariba auxiliaram nos cortes e preparos para a doação
O visual de mulheres que enfrentam o câncer pode mudar da noite para o dia com a queda de cabelos provocada pelo tratamento oncológico (quimioterapia). Para resgatar a autoestima, o uso de perucas pode ser uma das opções. Só que o adereço, muitas vezes, acaba sendo inviável economicamente. Desta forma, os atos de solidariedade podem fazer a diferença toda a diferença na vida das pacientes. Oitenta 80 reeducandas da Penitenciária Feminina de Guariba deixaram a vaidade de lado e cortaram o cabelo para doar as mechas ao Hospital de Amor, em Barretos.
Trata-se do projeto “Mechas da Solidariedade”, que começou com apenas duas detentas. A ação acabou sensibilizando outras presas e também servidores da unidade prisional, que buscaram apoio de voluntários.
Profissionais de um salão de beleza de Guariba auxiliaram nos cortes e preparos para a doação, que ocorreu no dia 3 de dezembro.
60 MECHAS
Segundo a diretora da Penitenciária Feminina de Guariba, Juliana Preti Santiago, o ato solidário rendeu 60 mechas de cabelo. “A ideia é resgatar a autoestima ou mesmo a alegria de pessoas que enfrentam o câncer. Além disso, o projeto desperta nas reeducandas o sentimento de ajudar o próximo”, destaca.
‘SIMPLES GESTO’
Ana Caroline Ventura é uma das reeducandas envolvidas na ação. Ela pontua que a doação de cabelos é um simples gesto de solidariedade, mas que pode fazer a diferença na vida das pacientes. “Vou doar de novo, assim que crescer”, compromete-se.
“Estamos felizes em ajudar quem necessita. A gente se uniu por uma boa causa: a felicidade de uma criança, de um adolescente. Para mim, isso é gratificante”, completa Denise Rosimeire Bueno.
NOVAS DOAÇÕES
A diretora da unidade explica que a proposta apresentada pelas idealizadoras do projeto foi apresentada para as detentas por meio da diretoria do Centro de Reintegração e Atendimento à Saúde do presídio. “Envolveu aproximadamente 80 reclusas”, comemora.
A ideia é manter a iniciativa e realizar novas doações. “Com o resultado, todas assumiram o compromisso de dar continuidade na ação, independentemente de estarem temporariamente confinadas por grades”, finaliza a diretora Juliana.