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08/11/19 | Fernanda Nagliati e Amanda de Oliveira - CRC

Reeducandas apresentam teatro de fantoches na Penitenciária Feminina de Mogi Guaçu

Apresentação faz parte do Programa de Educação para o Trabalho e Cidadania

Incentivar que mais reeducandas escolham o caminho do conhecimento foi o objetivo da apresentação do teatro de fantoches, realizado no dia 18 de setembro, na Penitenciária Feminina de Mogi Guaçu, com a participação de 18 reclusas do Programa de Educação para o Trabalho e Cidadania (PET).

A ação é fruto de um trabalho desenvolvido pela Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) e Fundação “Dr. Manoel Pedro Pimentel” (Funap), por meio de articulações do Grupo Regional de Ações de Trabalho e Educação (Grate) e da Diretoria do Centro de Trabalho e Educação (DCTE).

A apresentação foi uma maneira lúdica de explicar a importância do programa e seus módulos para reeducandas que ainda não participam do curso PET, visando contribuir com a inclusão social por meio do desenvolvimento de competências e habilidades que ampliem as possibilidades de inserção no mercado de trabalho e a participação na sociedade.

Uma das mulheres que participa das encenações disse que o teatro motiva outras detentas a entrarem para o curso, o que as leva a compartilhar novas visões do mundo de trabalho, como o empreendedorismo, que auxilia na reinserção social e, assim, aproveitar a segunda chance.

Além de atuar no teatro, a mulher, de 31 anos, frequenta as aulas de Educação de Jovens e Adultos (EJA) e está concluindo o curso PET.

O Programa

Implantado em junho de 2013, o PET completou seis anos de atividades. A ação é uma política pública da SAP, desenvolvida e aplicada pela Funap para complementar a formação social e profissional da população carcerária.

O PET é dividido em 10 módulos de 12 horas, agrupados em três blocos definidos a partir dos eixos básicos como desenvolvimento pessoal, profissional e social. Desde a sua implementação, mais de 100 mil presos foram atendidos.

Segundo a Diretora da unidade prisional, Daniele de Freitas Melo, a participação das reeducandas no programa PET norteia seus objetivos pessoais e profissionais após o cumprimento da pena. ”A apresentação do teatro é um meio de motivar outras a participar também do curso” afirma.

Atualmente, o programa está presente em quase todo o sistema penitenciário do Estado de São Paulo, que conta com 175 estabelecimentos prisionais.

Outras parcerias

Além do trabalho que vem sendo desenvolvido em prol da ressocialização das mulheres privadas de liberdade, a unidade prisional recebe, constantemente, apoio de parceiros que se prontificam a tornar o ambiente prisional mais leve.

No dia 05 de outubro, voluntários do projeto “Semana da Solidariedade” da Igreja Fonte, em Campinas, revitalizaram o jardim do setor de enfermaria, contribuindo com o bem-estar dos servidores e com as reeducandas que são atendidas no local. Vale lembrar que o material utilizado foi doação proveniente da “Campanha Sábado Solidário”, mantida pela igreja. A unidade também possui um espaço de descanso para os servidores.

Desde 2016 a entidade religiosa atua na unidade prisional realizando apresentações de Cantata de Natal e de Páscoa com o apoio do Coral da Igreja Batista da Cidade Universitária e a Batista Central de Campinas.

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