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05/11/19 | Arnaldo Martins - CSSP

Diretores Regionais de Saúde participam da “4ª Semana Paulista de Mobilização contra a Sífilis Congênita”

Redução de casos da doença foi constatada pela primeira vez em dez anos em São Paulo

Nos dias 21 e 22 de outubro ocorreu, no Centro de Convenções Rebouças, em São Paulo, a “4ª Semana Paulista de Mobilização contra a Sífilis Congênita” com o tema “Diagnosticar e tratar a gestante com sífilis reduz a sífilis congênita”. Desde sua primeira edição, o evento tem contribuído para a discussão sobre sífilis como um problema de saúde pública.

O encontro foi organizado pelo Centro de Referência e Treinamento DST/Aids-SP, em parceria com o setor de Atenção Básica da Secretaria de Estado da Saúde e o Conselho de Secretários Municipais de Saúde.

Ao longo do programa foram realizadas mesas redondas, conferências, debates e premiações para trabalhos científicos e experiências exitosas. Foram convidados os Diretores Regionais de Saúde da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), Secretários Municipais de Saúde, Coordenadores da Atenção Básica e dos Programas Municipais de DST/Aids, Diretores de DRS, interlocutores regionais da Atenção Básica, Saúde da Mulher e DST/Aids, profissionais de saúde, estudantes da área e representantes da sociedade civil.

Em 2018, 12.637 gestantes foram diagnosticadas com sífilis no Estado de São Paulo e, desse total, pelo menos 90% receberam tratamento adequado. O aumento na detecção de gestantes com sífilis, associado ao tratamento oportuno e adequado, têm contribuído para evitar casos de sífilis congênita.

Há três tipos de sífilis: em gestantes, congênita (quando ocorre a transmissão da doença da mãe para o bebê, durante a gravidez) e adquirida. A detecção da doença auxilia no tratamento precoce dos pacientes e, especificamente entre gestantes, possibilita a redução da sífilis congênita.

Pela primeira vez em dez anos, o Estado de São Paulo reduziu em 3% o número de casos de sífilis congênita. É o que aponta levantamento realizado pelo Centro de Referência e Treinamento DST/Aids-SP, unidade da Secretaria de Estado da Saúde. Os dados indicam uma queda de 4.125 em 2017 para 4.012 em 2018, segundo os últimos números disponíveis. Desde 2009, quando foram registrados 901 casos, São Paulo apresentava aumento em sífilis congênita.

“Embora a queda seja discreta, a reversão da tendência de aumento dos casos é um passo muito importante”, explica a Coordenadora das Ações para Eliminação da Transmissão Vertical do HIV e da Sífilis, Carmen Sílvia Bruniera Domingues. “Se uma gestante com sífilis não for tratada, pode transmitir a doença para o seu bebê, que pode nascer prematuro ou apresentar manifestações ósseas ou neurossífilis” complementa Silvia.

O Programa Estadual DST/Aids-SP disponibiliza tratamento e testes de sífilis e anti-HIV, que visam ao diagnóstico precoce. Os exames podem ser realizados o ano todo. A iniciativa tem contribuído para o diagnóstico precoce e tratamento oportuno de gestantes durante o pré-natal.

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