25/09/19 | Amanda de Oliveira - CRC
Programa Educação para o Trabalho e Cidadania apresenta formação social e humanista
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Trabalho é feito por meio de parceria com a Funap
Celebrar uma etapa concluída com êxito em favor da ressocialização de pessoas privadas de liberdade, a fim de promover estímulos para que mais reeducandos optem em buscar conhecimento, foi o objetivo da entrega dos certificados aos 45 detentos concluintes do Programa de Educação para o Trabalho e Cidadania (PET).
A cerimônia aconteceu no dia 30 de agosto, na Penitenciária de Capela do Alto. Uma ação em parceria firmada entre a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) e a Fundação Dr. Manuel Pedro Pimentel (Funap), por meio de articulações do Grupo Regional de Ações de Trabalho e Educação (Grate).
Simultaneamente a entrega dos certificados, os reeducandos apresentaram o “Projeto Superação, Inovação e Criatividade”, tendo como principal foco o empreendedorismo. Um dos módulos do curso contou com a construção da maquete de um resort à beira da praia e a representação do interior de um dos quartos em tamanho real, priorizando o uso de materiais recicláveis, conforme o tema abordado – Meio Ambiente e Sustentabilidade.
Além disso, outro intuito é resgatar a capacidade crítica, as relações interpessoais e orientações de cidadania no desenvolvimento de um novo caráter, complementando o curso no módulo Cidadania e Ética, conceitos essenciais na sociedade humana.
O diretor da unidade prisional, Odevaldo Aparecido de Melo, disse que durante a realização do projeto a sala de aula transformou-se em um canteiro de obras, sendo superados pelos reeducandos diversos obstáculos. Melo ainda acrescentou que os participantes utilizam o tempo de reclusão para reflexões e aproveitamento das oportunidades com intuito de melhorar a vida quando retornarem ao convívio social.
O Programa
Implantado em junho de 2013, o Programa de Educação para o Trabalho e Cidadania (PET) completou seis anos de atividade. A ação é uma política pública da SAP, desenvolvida e aplicada pela Funap, órgão vinculado à Pasta, para complementar a formação social e profissional da população carcerária.
O PET é dividido em 10 módulos de 12 horas cada um, agrupados em três blocos definidos a partir dos eixos básicos, como desenvolvimento pessoal, profissional e social. Desde a sua implementação mais de 100 mil presos foram atendidos.
Segundo o gerente regional da Funap, Marcelo Miqueline, “a proposta do programa é o empoderamento dos alunos, motivando-os a descobrir suas capacidades intelectuais”, explica.
Atualmente, o programa está presente em quase todo o sistema penitenciário do Estado de São Paulo, que conta com 174 estabelecimentos prisionais.
