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14/08/19 | Mariana Amud - Imprensa Coremetro

CDP Pinheiros II recebe Clóvis de Barros Filho para palestra

Pela primeira vez em uma unidade prisional, o filósofo falou sobre a busca pela felicidade

O que é preciso acontecer na vida para termos certeza de que ela valeu a pena ser vivida? O questionamento foi feito pelo filósofo e professor, Clóvis de Barros Filho, um dos principais pensadores contemporâneos brasileiros, para cerca de 150 pessoas, no Centro de Detenção Provisória (CDP) “ASP Willians Nogueira Benjamin” de Pinheiros II, no dia 25 de julho.

A ação promovida pela Pastoral Carcerária levou o palestrante, pela primeira vez, para uma unidade prisional. Com exemplos da história, da religião e de sua própria vivência, Barros Filho expressou como a felicidade é vista e buscada pelas pessoas no geral. “Para saber se a vida valeu a pena ser vivida é necessário esperar até o último dia, pois cada segundo faz parte desse caminho”, comentou.

Quebrando a ideia de que a felicidade é um estado de espírito constante, o filósofo mostrou que os erros, os medos e as frustrações compõem a trajetória que temos que seguir para ter um segundo, que seja, de felicidade para encontrarmos a nossa excelência. Mais do que atingir o estado de plena satisfação, o importante para que a vida valha a pena, segundo Barros Filho, é o amor ao próximo e ter pessoas para dividir as alegrias.

Caminhos de amor e autocuidado

Para o reeducando S.R., que já havia assistido a palestras e vídeos do convidado, a visita dele à unidade prisional foi surpreendente. “Ver que ele se dispôs a vir aqui e falar para nós é gratificante, e o que ele falou me faz refletir sobre o que é importante e valioso na minha existência”, disse ao fim da palestra. Ainda para ele, o amor ao próximo faz parte do ser humano e deve ser sempre praticado para que se alcance a pura felicidade.

Durante praticamente uma hora de fala, entre risos e reflexões, o professor desejou que os presentes tivessem sentido vontade de reviver um momento de suas vidas. Para o diretor geral da unidade prisional, Guilherme Silveira Rodrigues, a fala do filósofo levou conscientização a todos. Independente dos erros cometidos no passado, o reeducando J.L. falou que a palestra o fez pensar sobre o que quer para o seu futuro. “Mesmo onde você acredita que tudo está parado, existe um recomeço”, ressaltou. Além de sua sabedoria, Barros Filho levou à unidade prisional alguns exemplares de seu livro “Em Busca de Nós Mesmos”, que ficarão no acervo da biblioteca do CDP Pinheiros II.

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