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12/08/19 | Sonia Pestana - Coremetro

Parceria da SAP com a Prefeitura de Jundiaí promove reinserção social de 70 reclusos

Trabalho de manutenção em rodovias e vias públicas traz benefícios à população da cidade e aos reeducandos

Desde abril deste ano, os serviços de limpeza urbana, conservação e manutenção de espaços públicos da cidade de Jundiaí estão sendo realizados por 70 presos do regime semiaberto, da Ala de Progressão da Penitenciária I “Mário Moura Albuquerque”, de Franco da Rocha.

A ação é resultado do convênio firmado entre a prefeitura municipal da cidade com a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) e a Fundação "Prof. Dr. Manoel Pedro Pimentel" (Funap), gerando duplo impacto ao promover a reintegração do indivíduo preso, à sociedade, de forma digna, ao mesmo tempo em que agiliza os serviços de manutenção nas ruas do município.

Para o prefeito de Jundiaí, Luiz Fernando Machado, a parceria é de extrema importância. “Além de proporcionar um reforço no atendimento as demandas de zeladoria do município, a iniciativa tem um relevante caráter social, oferecendo aos reeducandos a oportunidade de aprender uma nova profissão”, assegura.

O gestor adjunto de Manutenção e Serviços Públicos da Prefeitura de Jundiaí, Roberto Pozzani, informa que os presos trabalham na limpeza de vias urbanas e estradas não pavimentadas. Segundo ele, o contrato prevê um total de 700 km de manutenção em rodovias por mês, durante um período de quatro meses que poderá ser renovado segundo a necessidade da cidade.

Com o trabalho dos reeducandos, Pozzani disse que a Prefeitura poderá atender um número maior de demandas da população. Até o momento, os reeducandos já realizaram 12,6 mil metros lineares de serviços em vias públicas do município.

Visão prática

A parceria firmada entre a penitenciária e a Prefeitura de Jundiaí foi muito bem recebida pelo sistema prisional. O diretor do Centro de Trabalho e Educação da PI de Franco, Marco Antônio Pinto do Carmo, destaca que a iniciativa cumpre uma função ressocializadora. “Quando o preso sai para trabalhar ele se sente acolhido pela sociedade. Acrescido a isso também há o salário e a remição de pena, que prevê um dia a menos na sua condenação a cada três dias trabalhados”, esclarece.

O recluso A.A.D. diz que o trabalho para a Prefeitura de Jundiaí é uma boa oportunidade de ganho para ajudar a família. Já D.R.S. vai além e destaca a importância de ter um trabalho. “Não é fácil trabalhar, mas com certeza é muito melhor que estar sem ocupação enquanto preso”. Pode ser que o trabalho renda pouco em termos financeiros, talvez dê apenas para o arroz e o feijão, mas é um ganho honesto que tem a benção de Deus”.

aasassa
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