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28/05/19 | Amanda de Oliveira - CRC

Feminicídio é tema de palestras em unidades prisionais da CRC

CDP de Jundiaí segue com programa em parceria com prefeitura do município

Quatro estabelecimentos penais da Coordenadoria das Unidades Prisionais da Região Central (CRC) têm aderido à programas voltados à conscientização de valoração e respeito a mulher, cujo objetivo é implementar ações efetivas de prevenção ao feminicídio. De acordo com o portal G1 os casos de violência aumentaram 76% no 1º trimestre de 2019 em São Paulo se comparados ao mesmo período do ano anterior. Nos primeiros três meses do ano, 37 mulheres foram assassinadas pelo companheiro ou ex. Em 2018, foram 21.

A legislação prevê, desde 2015, penalidades mais graves para homicídios que se encaixam na definição de feminicídio – ou seja, que envolvam "violência doméstica e familiar e/ou menosprezo ou discriminação à condição de mulher". Os casos mais comuns desses assassinatos são motivados pela separação.

Na Penitenciária “ASP Maria Filomena” de Itapetininga II, as advogadas Samira Aparecida Santos Albuquerque, Débora Odebrecht Armentano e Miriam Aparecida Teodoro, que fazem parte da Associação Civil Abrace, proporcionaram oportunidades de reflexão à 22 sentenciados. Elas falaram sobre a prevenção e combate à violência doméstica de maneira que os ouvintes puderam se colocar no lugar do sexo feminino. Segundo o diretor da unidade prisional, Cristiano Rosa Matarazzo, a receptividade dos reeducandos para com as palestrantes foi de muito respeito e atenção, cujos reflexos estão sendo percebidos nos comportamentos dos participantes no dia a dia do ambiente prisional.

No Centro de Ressocialização Feminino (CRF) “Carlos Sidnes Cantarelli”, as reeducandas receberam uma palestra ministrada pela subinspetora da Patrulha Maria da Penha, Sonia Pateis de França, da Guarda Municipal, acompanhada da Guarda Civil Feminina (GCF), Sheila Mayara Matildes de Oliveira Pereira Valverde, que falaram sobre a importância de fazer as denúncias, uma vez que as vítimas se sentem intimidadas de relatar os abusos físicos e morais que sofrem por parte do agressor.

No CR de Limeira, 24 reeducandos participaram de quatro encontros, que aconteceram na unidade, em parceria com a prefeitura do município. As palestras foram ministradas pela psicóloga Lígia Costa de Oliveira.

Vale lembrar que o Centro de Detenção Provisória (CDP) “Marco Antônio Alves Bezerra” de Jundiaí foi a primeira unidade prisional da CRC a desenvolver um programa sobre a violência contra mulher, chamado “A voz da consciência”, que acontece em parceria com a prefeitura do município. Mais de 150 presos já passaram pelo programa. Atualmente 15 reeducandos participam dos atendimentos e o resultado tem sido muito positivo, uma vez que o índice de reincidência é zero.

*Fonte: https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2019/04/29/casos-de-feminicidio-aumentam-76percent-no-1o-trimestre-de-2019-em-sp-numero-de-mulheres-vitimas-de-homicidio-cai.ghtml

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