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23/05/19 | Pierre Cruz – Corevali

Detentos do CDP de Praia Grande discutem saúde coletiva durante Jornada

Evento, que está em sua 3ª edição, traz um mutirão de serviços aos presos nas áreas da saúde, cidadania e justiça

Presos do Centro de Detenção Provisória (CDP) “ASP Charles Demitre Teixeira” de Praia Grande, participaram de rodas de conversa sobre saúde pública e autocuidados durante a 3ª edição da Jornada de Cidadania e Empregabilidade, no dia 15 de maio. O evento acontece com o apoio da Coordenadoria de Reintegração Social e Cidadania (CRSC) e da Coordenadoria das Unidades Prisionais da Região do Vale do Paraíba e Litoral (Corevali).

O objetivo das Jornadas é o de trazer serviços e assuntos relevantes para os projetos de vida fora da prisão e preparar a pessoa encarcerada para a liberdade. Foram prestados 398 atendimentos aos internos nas áreas da saúde, cidadania e justiça, além de palestras e outras atividades.

A psicóloga do CDP, Mary Ueta, promoveu dois encontros com os reeducandos que envolvem a saúde pública: a tuberculose e as infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). “Quando abordei a tuberculose, trouxe para eles as novas orientações do Ministério da Saúde. Já quando conversamos sobre ISTs, discutimos alguns tabus que contribuem para a epidemia do vírus HIV”, explica a profissional.

Durante o evento, foram realizados testes rápidos e houve a entrega de preservativos aos internos. “Participei das palestras e dos exames. Para mim, foi muito bom; é importante saber que os funcionários se preocupam com a gente”, afirma o detento Leandro, de 29 anos. Os presos também passaram por aferição da pressão arterial e tiveram consulta médica com clínico geral, da Prefeitura de Praia Grande, e atendimento odontológico com o dentista do CDP.

SERVIÇOS

Os reeducandos do presídio aproveitam a Jornada para consultar sua situação processual e para regularizar seus documentos pessoais. Ao todo, foram expedidas 37 carteiras de identidade e solicitadas 112 certidões (de nascimento, de casamento ou de óbito), além de 17 atendimentos jurídicos, com a equipe da Defensoria Pública do Estado.

O detento Ari, de 42 anos, procurou pelo serviço para descobrir como está o seu processo. “Estou preso há 9 meses e acredito que sairei em liberdade em breve, porém, tenho dúvidas e conversar com alguém da área será bom para entender o meu caso”, conta. O interno trabalha na área do refeitório e na limpeza do setor administrativo da unidade prisional. “Comecei a trabalhar assim que entrei aqui porque é bom para mim e quero mudar de vida”, afirma.

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