14/05/19 | Pierre Cruz – Corevali
Atendimentos jurídicos, exames de saúde e outras atividades foram oferecidas durante Jornada de Cidadania e Empregabilidade no CR Feminino
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Palestrante Carlos Clímaco conversou sobre motivação e superação com as detentas
Mesa com autoridades na cerimônia de abertura da Jornada no CR Feminino de São José dos Campos
Presas participaram de uma palestra sobre vida em liberdade com a equipe da CAEF
O Centro de Ressocialização (CR) Feminino de São José dos Campos celebrou mais uma edição da Jornada de Cidadania e Empregabilidade no dia 24 de abril. O evento, em que um mutirão de serviços e palestras são oferecidos para reeducandas durante uma semana, é uma ação da Coordenadorias de Reintegração Social e Cidadania (CRSC) e da Coordenadoria das Unidades Prisionais da Região do Vale do Paraíba e Litoral (Corevali).
Neste ano, foram realizados 574 atendimentos às sentenciadas dos regimes fechado e semiaberto. As presas participam de testes de saúde, consultam sua situação jurídica e regularizam seus documentos pessoais. O cronograma de atividades estava repleto de palestras sobre autoestima, mercado de trabalho e temas relacionados à vida em liberdade.
Pela segunda vez, o coach Carlos Clímaco esteve presente para ministrar a palestra “Reconstruindo Caminhos”. “Vim falar sobre motivação e levar o pensamento das detentas do ponto A ao ponto B”, explica Clímaco. “Meu objetivo é ajudá-las a conquistar uma nova história”, completa.
O convite ao palestrante foi feito pelo Conselho da Comunidade de São José dos Campos. “Percebemos a boa receptividade das presas com o tema e trouxemos a pauta novamente, nosso objetivo é sempre estimulá-las a serem pessoas melhores”, afirma Andréa Morciani, presidente do Conselho.
A presa Amanda, de 21 anos, assistiu à palestra ao lado de quase 80 reeducandas. “Tanto esse assunto como outros, abordados durante a semana, ensinam que você pode ser alguém, faz com que você abra os olhos para a realidade”, acredita a sentenciada. Desde que foi privada de liberdade, a interna retomou os estudos na unidade prisional e conseguiu o primeiro emprego – até então, a reclusa nunca havia trabalhado formalmente fora do presídio e era envolvida com o tráfico de drogas.
A diretora do CR, Eliana Maria Giuseppa Capostagno, agradeceu o empenho dos servidores para a organização e execução do evento e ressaltou que as atividades são oferecidas para a otimização do processo de reintegração social das presas. “As ações são para o bem-estar das detentas e visam sua ressocialização e inserção no mercado de trabalho”, afirma a diretora.