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02/05/19 | Marcus Liborio - CRN

Em parceria com museu, reeducandos pintam murais no CPP de Jardinópolis

Paredes exibem pinturas de paisagens e desenhos arrojados e modernos; ‘Casa de Portinari’ atua na unidade prisional desde 2016

Sete murais ganharam cor e movimento pelas mãos de 30 reeducandos do Centro de Progressão Penitenciária (CPP) de Jardinópolis. Alvos das intervenções artísticas, as paredes da escola da unidade agora exibem paisagens e desenhos arrojados e modernos. Além de deixar o ambiente mais alegre e bonito, o projeto “Pintura Mural” busca impulsionar a arte entre a população carcerária e também oferecer aos internos a possibilidade de adquirir novas habilidades que ampliem as chances de reinserção no mercado de trabalho após o cumprimento da pena.

A oficina é resultado de uma parceria entre a Fundação “Prof. Dr. Manoel Pedro Pimentel” (Funap), Museu Casa de Portinari e o CPP. Sob a supervisão do artista plástico Antônio Ailton Rufato, ao longo de seis encontros realizados na unidade entre março e abril, os detentos produziram seis murais, além de um grande mural que contou com o trabalho de dez internos.

Entre os elementos que constam na pintura coletiva, estão o rosto da cantora e compositora Amy Winehouse, o personagem de desenho animado Homer Simpson, além de imagens sobre a natureza e figuras diversas.

ARTE QUE LIBERTA

O elo entre museu e unidade prisional existe desde 2016. Neste período, por meio do projeto “Arte que Liberta”, foram realizados 794 atendimentos com atividades como oficinas, palestras, exposições e participação de reeducandos no evento “Semana de Portinari”.

Os presos também participaram de uma exposição de artes plásticas, após aprenderem técnicas de areia e cola em aulas ministradas na Oficina de Pintura em Tela, que funciona dentro da unidade prisional. Posteriormente, as obras produzidas foram fixadas na mostra, que expõe trabalhos de artistas de todo o estado.

INCLUSÃO SOCIAL

Diretor do CPP de Jardinópolis, Evandro Bueno Campanhã destaca que os projetos desenvolvidos na unidade prisional visam contribuir para a inclusão social dos reeducandos, além de incentivar a prática de atividades artístico-culturais. “Desta forma, busca-se desconstruir a visão de que a unidade prisional seja somente um ambiente de muros e grades, dando lugar a ações de educação, profissionalização, cultura, lazer e cidadania. São projetos como este que rompem a criminalidade e aprofundam o diálogo ressocializador, por meio da arte e suas manifestações”, finaliza Evandro.

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