Texto normalContraste normalAumentar contrasteAumentar textoDiminuir texto Ir para o conteúdo

25/04/19 | Marcus Liborio – CRN

Com recorde de casos de dengue em Bauru, presídios intensificam ações de combate à doença

As três unidades de regime semiaberto e o CDP têm ‘arrastões’ em pavilhões e nebulização nas áreas externas e internas, incluindo celas

Os três Centros de Progressão Penitenciária (CPPs) e o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Bauru intensificaram as ações de combate ao Aedes aegypti, após a cidade registrar a maior epidemia de dengue da história, com 9.232 registros da doença (9.221 casos contraídos na cidade e 11 fora), segundo dados divulgados pela Secretaria Municipal de Saúde. Apesar dos números em 2019, nenhum caso foi registrado na população carcerária de Bauru, até o momento.

Diante do cenário preocupante, a campanha de alerta e prevenção de dengue nos presídios da cidade tem sido reforçada com “arrastões” de limpeza e nebulização nas áreas externas e internas das unidades, incluindo as celas dos presos.

O Centro de Progressão Penitenciária I “Dr. Alberto Brocchieri”, por exemplo, vem combatendo os focos de acúmulo de água com trabalho realizado pelos próprios reeducandos, após receberem treinamento pela equipe de enfermagem da unidade. Varreduras gerais, cartazes com orientações sobre o tratamento da doença e disponibilização de soro oral para servidores e reclusos estão entre as ações desenvolvidas.

Nos CPPs “Dr. Eduardo de Oliveira Vianna” II e “Professor Noé Azevedo” III, assim como no CDP “ASP Francisco Carlos Caneschi”, estão sendo realizadas intervenções semelhantes com objetivo de eliminar qualquer foco do mosquito.

Vale destacar que as ações contra a dengue são realizadas semanalmente nas 43 unidades prisionais que compõem a Coordenadoria da Região Noroeste (CRN). O trabalho mobiliza tanto os servidores quanto os detentos.

“As equipes de saúde estão sempre alertas para manifestação de qualquer evento adverso. Ações como essas realizadas nas unidades são de fundamental importância para a prevenção e cuidados com a saúde da população prisional”, destaca a diretora do Centro Regional de Saúde da CRN, Aparecida de Fátima Kalinsqui.

FUMACÊ

Equipes do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Bauru promoveram uma grande ação de fumacê (nebulização com agente capaz de matar o mosquito Aedes aegypti adulto) em todas as áreas do CPP I, incluindo as celas.

Nos CPPs II e III, a nebulização foi realizada por empresas particulares e o CDP passou por vistoria feita pelo setor de zoonoses do município e nenhum foco de dengue foi localizado.

MAIOR EPIDEMIA

Antes de 2019, o ano com maior quantidade de casos da doença em Bauru era 2015, quando, de acordo com estatística da Secretaria Municipal de Saúde, foram registradas 8.482 ocorrências.

A letalidade este ano também bateu recorde: 12 mortes confirmadas e oito em análise. Anteriormente, os anos com maior número de óbitos haviam sido 2011 e 2015, quando, em cada ano, seis pessoas perderam a vida por conta da doença.

aasassa
Topo