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10/04/19 | Marcus Liborio - CRN

Trabalho voluntário de presos beneficia entidades e órgãos públicos de Avaré

Internos do Centro de Ressocialização fazem serviço de manutenção e limpeza em instituições como Apae e Corpo de Bombeiros

Presos que cumprem o regime semiaberto no Centro de Ressocialização (CR) de Avaré prestam serviços voluntários à entidades assistenciais e órgãos públicos da cidade. A ação, realizada há quatro anos pela unidade prisional, ocorre frequentemente com trabalhos de conservação, manutenção e pequenas obras, e tem como objetivo habilitar o reeducando para o mercado de trabalho e reinserção à sociedade.

Atualmente, o serviço realizado contempla a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) do município, Lar São Vicente de Paulo, Associação Beneficente Oncológica Voluntários de Avaré (Abova), Batalhão do Corpo de Bombeiros e a 1ª Companhia da Polícia Militar (PM) da cidade. Além de colaborar com a comunidade, os presos conseguem remição da condenação – é remido um dia da pena para cada três dias trabalhados.

Diretor do CR de Avaré, Flávio Theodoro Reis pontua que a iniciativa partiu dele, em 2015. “Já fizemos pequenas reformas em escolas municipais, trabalhos rápidos no Instituto Federal de São Paulo (Campus de Avaré), no prédio da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e em outros órgãos públicos e assistenciais”, elenca.

Ele detalha que, atualmente, os serviços de manutenção e limpeza contam com a mão de obra de 14 reeducandos. “O trabalho é executado todos os dias, resguardados os sábados e domingos, com conhecimento do juiz e da promotora da cidade”, frisa.

Nilton Silvério da Cruz, 39 anos, é um dos internos que prestam serviço voluntário. Ele destaca as vantagens de fazer parte desta iniciativa. “As atividades trouxeram-me muitos benefícios, como aprendizado e reconhecimento pela minha capacidade”, afirma.

Para o diretor do CR de Avaré, ações como essa são importantes no processo de reinserção do recluso. “A sociedade tem a possibilidade de enxergar que o sistema penitenciário consegue, mesmo com dificuldades, preparar o interno para a sua liberdade, incutindo no reeducando a obrigação de ser um cidadão pleno, com todos os direitos e deveres para construir uma comunidade melhor”, finaliza Reis.

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