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13/03/19 | Eliane Borges - Croeste

Bombons resgatam sonhos de empreendedorismo entre reeducandas de Tupi Paulista

Projeto de reintegração social e ressocialização foi aplicado por estudante de psicologia na padaria da unidade prisional

Março começou mais doce para 15 reeducandas da Penitenciária Feminina de Tupi Paulista que, no primeiro dia do mês, tiveram a oportunidade de participar do Projeto: “Bombons dos Sonhos! Qualidade e Amor”, executado nas instalações da Padaria Artesanal do presídio. Buscando a valorização humana, reintegração social e ressocialização das participantes que cumprem pena na Ala de Regime Semiaberto da unidade, a estudante de psicologia Vanessa Maria Ferrari Reverte foi até o local para ministrar o curso, que envolveu palestra motivacional, além de teoria e prática na confecção de bombons artesanais.

Em um período de seis horas, cada aluna recebeu forminhas, orientações e receitas para confeccionar os doces. No intervalo de espera do esfriamento do recheio dos bombons, elas foram envolvidas numa palestra motivacional com roda de conversa, dinâmica e interação, visando conscientizar sobre a capacidade e competência de cada uma delas para trabalhos como este quando deixarem de cumprir pena.

Aprendizado multifocal

Além da técnica do confeito dos bombons, as alunas puderam degustar a produção e aprenderam sobre economia financeira e de material, pesquisa de preços, economia de água e reciclagem de embalagens. “A participação no projeto atribui aspectos de responsabilidade diante de cada ato do ser humano. Também fazem elas entender que podem recomeçar e que não estão desacreditadas, assim como podem ir em busca de projetos futuros e diminuir o prognóstico de retornar a reincidir, oportunizando o enfrentamento no mercado de trabalho com a produção e vendas destes doces”, explicou a diretora geral da penitenciária Adriana Alkmin Pereira Domingues.

A ideia é trazer meios de ajudar as participantes na jornada de vida que se iniciará após o cumprimento da pena. Segundo Vanessa, projetos socializadores devem estar sempre sendo elaborados no intuito de colaborar para uma construção social e humana. “É um trabalho árduo e minucioso, com efeitos em médio e longo prazo, mas a persistência e determinação faz da Secretaria da Administração Penitenciária um modelo e um caminho para uma sociedade menos preconceituosa, mais equilibrada e igual. Assim, o cumprimento de pena será um período, não apenas de punição, mas de construção de conhecimento, humanidade e novas possibilidades” explica.

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