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21/11/18 | Mariana Amud - Coremetro

Oficina Banca da Ciência ganha espaço em penitenciária de Guarulhos

Projeto desenvolvido pelas universidades Unifesp, USP e IFSP democratiza o acesso à ciência e, pela primeira vez, é apresentado dentro de uma unidade prisional

Detergente, bicarbonato de sódio, vinagre e um pouco de corante foram os ingredientes usados para demonstrar uma erupção vulcânica aos reeducandos da Penitenciária I “José Parada Neto” de Guarulhos. Esse foi apenas um dos diferentes experimentos científicos apresentados por estudantes de pedagogia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), através do projeto Banca da Ciência, no início de outubro.

A Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) e a Coordenadoria de Unidades Prisionais da Região Metropolitana de São Paulo (Coremetro) apoiaram o evento que levou a 80 reeducandos da unidade, estudantes do Ensino de Jovens e Adultos (EJA) oferecido pela escola vinculadora E.E. Francisco Antunes Filho, de Guarulhos, atividades que mostraram ao vivo a ciência por trás das coisas.

Os trabalhos apresentados por 40 graduandos em pedagogia da Unifesp fazem parte de um projeto chamado Banca da Ciência, que tem como objetivo a democratização do acesso a experimentos científicos por meio do grande público. Além disso, as atividades visam promover a reflexão sobre o papel das práticas não formais no ensino de ciências na educação de jovens e adultos.

Aulas práticas e divertidas

Além do vulcão em erupção, os reeducandos participaram de jogos de tabuleiro que trabalham exercícios matemáticos, como o Pacman – conhecido em seu formato eletrônico nos anos 80 – em uma versão de mesa, em que o jogador usava líquidos para controlar o direcionamento da mesa. Eles tiveram contato também com o Zootropo, um tambor circular que dá ao espectador a sensação de ver imagens em movimento, mas que na verdade são fixas. Esse mecanismo foi o precursor do cinema, em 1834.

Pela primeira vez os universitários da Unifesp e os reeducandos da PI de Guarulhos, tiveram a oportunidade de uma ação como essa. Tanto os docentes da universidade como a diretoria da unidade se mostraram contentes com o resultado das atividades, em que muitos reeducandos trocaram conhecimentos com os futuros pedagogos.

Histórico da Banca da Ciência

Desde 2016, a “A Banca da Ciência na Educação de Jovens e Adultos” trabalha com a proposta de promover laboratórios itinerantes de forma lúdica. Para isso, há dois anos a Unifesp tem estimulado os estudantes do curso de pedagogia da universidade a elaborarem experimentos científicos destinados especificamente à educação de jovens e adultos.

Em complemento à essa linha de ação, a mostra visa atender diferentes públicos fora do espaço físico das universidades. Para essa demanda os organizadores formataram a banca para ser instalada em locais públicos, como estações de trens e parques, e também em escolas estaduais e municipais, onde tem sido considerada uma importante experiência para aprimorar o ensino de ciências.

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