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19/04/18 | Jorge de Souza – Imprensa SAP

Estande de tiro na PI de Franco da Rocha recebe alunos da EAP

O local é destinado ao treinamento de AEVPs e agentes em cursos de formação e aperfeiçoamento

Os alunos da Escola de Administração Penitenciária “Dr. Luiz Camargo Wolfmann” (EAP) estão recebendo aulas práticas de tiro, em um estande instalado nas dependências da Penitenciária "Mário Moura Albuquerque" de Franco da Rocha I. O local possui três pistas, que são utilizadas na formação técnica de agentes de Escolta e Vigilância Penitenciária (AEVP), na disciplina de armamento e tiro, obrigatória para o exercício da função. Eles foram aprovados em concurso público e são submetidos ao curso que tem duração de seis meses.

O estande, que começou a ser construído em 2015 e entrou em operação em maio de 2016, segue todas as normas de segurança estabelecidas em lei para comportar a formação dos agentes. Antes de irem para as pistas de tiro – propriamente ditas – eles recebem orientações teóricas em salas de aula no mesmo local, que são tecnicamente preparadas pelos instrutores. “Este aprendizado teórico é importante, porque coloca o agente em contato com o armamento que utilizará em seu dia a dia. Alguns nunca tiveram contato com armas de fogo e daqui eles saem prontos para as diversas situações inerentes à função”, destaca o assistente técnico do Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Agentes de Segurança Penitenciária (Cfaasp) da EAP, Lourival Gomes de Brito Neto.

Quem ministra as aulas inaugurais são os instrutores da EAP Reinaldo Cruz Rodrigues e Eduardo Oliveira de Deus, ambos credenciados pela Polícia Federal. Por meio de slides, apostilas e material didático de apoio eles explicam as regras de segurança e conduta no estande, apresentação do armamento, manuseio seguro dos equipamentos, entre outras normas obrigatórias. Só depois dessa instrução é que vão para as aulas práticas no estande. “O que mais cobramos dos alunos é que mantenham total concentração durante as aulas práticas, para que o aproveitamento seja o mais satisfatório possível”, salienta Rodrigues.

Na prática

No estande, cada turma de aproximadamente 25 alunos é acompanhada por uma equipe da EAP, formada por dois instrutores, um auxiliar, um diretor do Centro de Escolta e Vigilância Penitenciária e pelo Grupo Anti-Sinistro (GAS) da Coordenadoria de Unidades Prisionais da Região Metropolitana de São Paulo (Coremetro), além de coordenadores da EAP. É obrigatório a todos que participam dos treinamentos – professores e alunos – o uso de equipamentos de proteção, como coletes balísticos e protetores auriculares.

“Os instrutores da EAP são credenciados pela PF e o currículo ministrado para os novos agentes também é reconhecido pela instituição”, esclarece Neto. “Os alunos são submetidos diariamente a um rigoroso roteiro técnico-didático, constante no conteúdo programático e são avaliados individualmente”, explica.

Filho de pai policial militar e mãe enfermeira, ambos aposentados, Augusto Estevo Alves, 26, é um dos alunos em formação na EAP. Para ele o curso é de fundamental importância, pois simula muito próximo à realidade as situações que irá enfrentar quando estiver em exercício. Advogado formado pela Faculdade de Direito da Alta Paulista (Fadap), ele exerceu a função por dois anos, quando prestou concurso para AEVP, vislumbrando crescimento na categoria. “Embora queira ser operacional para adquirir experiência, minha expectativa é de que também possa contribuir na parte administrativa, pois a advocacia me dá subsídios”, acredita Alves.

Como foi criado

O estande de tiro da PI de Franco da Rocha era uma necessidade iminente na EAP, pois o grande fluxo de novos funcionários pedia um local específico para treinamento dos agentes, além dos cursos de aperfeiçoamento e atualização dos que já se encontram em serviço. A Coremetro, então, passou a pesquisar locais que pudessem abrigar o empreendimento, que estivessem próximos de unidades prisionais. O diretor da PI, Marco Aurélio Cardoso de Almeida ofereceu um galpão recém-desocupado por uma empresa que contratava mão de obra de reeducandos, para a instalação de salas de aula e setor de desmonte e manutenção das armas, além de um terreno anexo para as pistas de tiro.

Após o comunicado de disponibilidade da área, o diretor do Grupo Regional de Ações de Segurança e Disciplina da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), Vanderlei Cesar de Assis, o AEVP Felipe Antunes de Lima – que possui formação em engenharia de segurança do trabalho -, e o próprio setor de engenharia da secretaria, passaram a desenvolver o projeto.

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