22/03/18 | Amanda Oliveira - CRC
Oficina de pintura terá oito semanas de duração e oferecerá certificado
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Detentos do CDP de Jundiaí participam de curso de pintura
Professor de artes, Andrey Prestes, dá aula em ambiente prisional pela primeira vez
Arte feita por detento durante aula prática
Em parceria com a Secretaria do Estado da Cultura, o Centro de Detenção Provisória (CDP) “Marcos Antônio Alves Bezerra”, de Jundiaí está promovendo um curso de artes para reeducandos e servidores. A oficina de pintura tem como objetivo o aprimoramento intelectual e a ampliação do programa educacional de todos os envolvidos. Essa não é a primeira vez que projetos são desenvolvidos no CDP, pensando no bem-estar do ser humano. Recentemente a unidade ganhou destaque nas mídias por desenvolver, em parceria com a pastoral carcerária, o projeto “Formiguinha”, que consiste em atender crianças filhas de detentos.
Segundo o diretor do CDP, Alexandre Apolinário de Oliveira, a ideia de levar uma oficina de pintura para dentro do estabelecimento penal surgiu da necessidade de criar novas oportunidades e contribuir para o processo de humanização. “Percebemos a necessidade de oferecer aos participantes, em especial aos detentos, uma nova oportunidade, compreendendo um trabalho educativo e visando ao desenvolvimento humano”, diz Apolinário.
As aulas estão acontecendo em sala de aula, dentro da unidade prisional e terão duração de oito semanas, sendo quatro para os custodiados e quatro para os servidores, com uma carga horária de duas aulas por dia.
Apesar de ser uma experiência nova para o professor de artes, Andrey Prestes, de 37 anos, ele diz não haver diferença entre ministrar aulas em uma escola formal e em um estabelecimento penal.
Aos alunos do curso será ofertado certificado de participação.
Projeto “Formiguinha”
Intitulado “Formiguinha”, o projeto foi idealizado em parceria com a pastoral carcerária, e tem o apoio de estudantes do curso de pedagogia e mestrandos de psicopedagogia, que são responsáveis pelas brincadeiras, pinturas de desenhos e contam histórias para filhos de detentos. As atividades ocorrem do lado de fora da portaria do CDP antes das crianças entrarem para fazer os procedimentos de revista para a visitação.