23/01/18 | Caio Daniel - CRN
A ação levou universitários da área da saúde para ensinar técnicas de massagem às reeducandas para aplicar em seus bebês
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Reeducandas realizaram técnicas de Shantala em seus bebês
Técnicas levam beneficios como melhora na respiração e realxamento do bebê
Usada para trazer diversos benefícios à saúde do bebê como desenvolvimento muscular, mais tranquilidade ao dormir, alívio em cólicas e melhora na respiração, a Shantala – técnica de massagem milenar oriunda da Índia – é um recurso poderoso para estreitar laços de afeto entre mãe e filho.
Foi com esse objetivo que alunos e professores dos cursos de psicologia e fisioterapia do Centro Universitário UniSalesiano, de Lins, visitaram a ala de puérperas da Penitenciária Feminina “Sandra Aparecida Lario Vianna” de Pirajuí. Os voluntários fazem parte de um projeto de extensão que ensina técnicas de massagem Shantala para mães praticarem em seus bebês.
A psicóloga da penitenciária, Rita de Cássia Dias, explica que a Shantala não é uma simples massagem, mas um recurso mediador do fortalecimento e qualidade de vínculo entre mãe e bebê. “A Shantala deve ser uma troca, uma relação afetiva e de amadurecimento entre mãe e bebê. É muito mais do que uma simples massagem, pois através do toque, pode-se repassar o amor, além de propiciar a oferta de estímulos visuais, táteis, cenestésico (sensação de relaxamento) e sonoros para a criança”, ensina Rita.
Para uma das estudantes voluntárias que participou da atividade, Débora Carvalho, a experiência de estar no presídio ensinando as técnicas às presas foi única e muito interessante. “Todas as reeducandas participaram atentamente aplicando as técnicas aprendidas nos bebês. Gostei bastante de ter conhecido elas [sentenciadas] e seus bebês. Foi uma experiência muito bacana, nunca tinha entrado em um presídio e fomos recebidas muito bem por todas. Ao final, elas [sentenciadas] agradeceram muito a nossa presença, e nós também por sermos tão bem recebidos”, conta a universitária.
A parceria entre universidade e presídio ajuda a sociedade a desmistificar o sistema prisional, quebrar paradigmas e auxilia na preparação das presas para retornar a vida em liberdade.
