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29/11/17 | Sonia Pestana - Coremetro

Campanha da boa visão

SAP faz parcerias com Instituto Bem Maior e promove atendimento especializado e exames oftalmológicos na Penitenciária I de Guarulhos

Os sentenciados da Penitenciária I “José Parada Neto”, de Guarulhos, foram beneficiados com uma campanha oftalmológica. Nos dias 17, 18 e 19 de outubro, 462 pessoas foram atendidas, entre reclusos e servidores, dentro do projeto “Visão de um Futuro Livre”. A ação foi coordenada pela Universal nos Presídios (UNP) e contou com a parceria da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), Instituto Bem Maior, Organização Não Governamental Renovatio e Instituto Verter.

O objetivo do evento foi trazer para dentro do presídio especialistas da área oftalmológica, a fim de realizarem exames complexos e que exigem longo tempo de espera nos locais de atendimento público. Entre esses estão os exames de fundo de olho, de retina e de tonoscopia.

Para a diretora da penitenciária, Telma Costa Martins, o sistema prisional carece de parcerias que venham somar no atendimento aos detentos. Bom exemplo, segundo ela, vem do mutirão oftalmológico promovido pelo Instituto Bem Maior. “A ação é positiva porque proporciona maior visibilidade da sociedade civil para as problemáticas enfrentadas no âmbito prisional”, afirmou Telma.

Coube a cada parceiro prestar serviço em sua área de atuação. A ONG Renovatio levou à penitenciária um veículo especialmente montado com dois consultórios oftalmológicos e com equipamentos de primeira geração, incluindo os óculos que foram doados. Já o Instituto Verter viabilizou a contratação de profissional médico especializado para os atendimentos.

Gratidão

Cerca de 12 voluntários ligados ao Instituto Bem Maior trabalharam na triagem dos sentenciados. Foi dado prioridade de atendimento àqueles que trabalham ou estudam no estabelecimento penal. Dos 462 atendidos, 350 voltaram para suas celas habitacionais já com os óculos. Isso foi possível graças aos convênios envolvendo países que lutam para o fornecimento de óculos de baixo custo à população carente. Assim, da Coréia do Sul vem o aço utilizado na armação, da Alemanha, as lentes de graus, e da Suíça, os tubos de metal coloridos que fazem o acabamento das peças.

Os sentenciados atendidos no projeto mostraram-se gratos, pois alguns estavam com lentes de graus defasadas em função da dificuldade de pronto atendimento na área oftalmológica. H.A.S., por exemplo, relatou que, apesar de ter dificuldade para enxergar, já estava sem óculos há mais de um ano.

E.M. disse que o atendimento oferecido superou suas expectativas e considerou o serviço superior ao que se tem direito lá fora. N.C.C.M. revelou que não estava enxergando bem para ler, mas que não esperava estar com óculos prontos em tão pouco tempo, cerca de 20 minutos entre a triagem, o atendimento médico e a montagem da peça.

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