22/11/17 | Sonia Pestana – Coremetro
Projeto Ágora, desenvolvido na Penitenciária I de Franco da Rocha, abre espaço para as relações interpessoais com os agentes de escolta
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Psicóloga Alessandra Monteiro coordena projeto Ágora que tem como objetivo propiciar um espaço especial de atenção aos AEVPs
Projeto Ágora colabora para a melhoria das relações interpessoais na PI de Franco da Rocha
Parte da equipe dos AEVPs durante ação projeto Ágora da PI de Franco da Rocha
Com o objetivo de propiciar um espaço diferenciado para atenção, acolhimento e incentivo às relações interpessoais aos agentes de escolta e vigilância penitenciária (AEVPs), a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) e Coordenadoria da Região Metropolitana de São Paulo (Coremetro), apoiaram a Penitenciária “Mário de Moura e Albuquerque”, de Franco da Rocha I, no projeto “Ágora”, que já completa um ano de criação. A ação é de autoria da psicóloga, Alessandra Monteiro, que contou com a colaboração de Mônica Crude, outra profissional da área.
Segundo Alessandra, a ação tem estreita ligação com o significado da palavra ágora, que deu origem ao nome do projeto. O termo se refere à denominação da praça principal das antigas cidades gregas que, muitas vezes, servia como palco das assembleias do povo. Assim, a psicóloga destacou que o objetivo do projeto é justamente manter as linhas de comunicação abertas com os AEVPs quanto às relações de trabalho, projetos de vida, afetos, família e ascensão profissional, dada as peculiaridades da profissão.
Ainda de acordo com Alessandra, as reuniões com o grupo de AEVPs acontecem periodicamente na unidade prisional. A participação é espontânea e as atividades têm a duração de aproximadamente uma hora.
Durante os encontros, é enfatizado o sigilo em relação ao que é discutido com o grupo. Além disso, a psicóloga coloca-se à disposição dos participantes, assim ela disponibiliza tempo de qualidade para cada servidor que queira ser atendido e orientado e, se for o caso, encaminhado para outros serviços.
Segundo a avaliação dos integrantes do grupo de AEVPs, todos os participantes responderam que o projeto colabora para a melhoria das relações interpessoais no ambiente de trabalho. Outro ponto a destacar, diz respeito aos benefícios positivos do projeto sobre a vida pessoal de cada servidor, com ênfase ao acolhimento. Para o diretor dos AEVPs da unidade de Franco da Rocha, Leandro Cordeiro da Silva, a comunicação, os relacionamentos e o sentimento de pertencimento são significativos no processo de desenvolvimento individual e coletivo.
15 anos de efetivo exercício
Na última semana de agosto, o projeto destacou os 15 anos de efetivo exercício da categoria dos AEVPs. Por intermédio da confraternização organizada pelo “Ágora”, as diversas diretorias da penitenciária participaram e demonstraram respeito e consideração ao trabalho do AEVP dentro do sistema prisional paulista, propiciando a visibilidade e o reconhecimento de que todos são importantes.
A classe dos AEVPs foi instituída pela Lei Complementar n° 898, de 13 de julho de 2001. Foi somente em agosto de 2002 que os agentes de escolta assumiram as muralhas das unidades prisionais. Cabe à classe desses servidores as atividades de escolta e custódia de presos em movimentações externas e a guarda das unidades prisionais, visando evitar fuga ou resgate de presos.