27/01/12 | Mariana Morimura - Assessoria de Imprensa - SAP

CR de Jaú a favor do meio ambiente

A unidade promove projeto de artesanato com resíduos industriais e curso de sabão ecológico, para auxiliar na preservação ambiental

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Cursos promovem a responsabilidade ambiental, trabalho consciente e a criatividade dos reeducandos

O Centro de Ressocialização (CR) de Jaú desenvolve cursos e projetos que despertam a responsabilidade ambiental nos reeducandos. Uma das medidas implantadas na unidade é a produção de artesanato com resíduos industriais, realizada através da parceria com a Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) de Jaú, o Curso de Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Faculdade de Tecnologia (Fatec) de Jaú e a Empresa Brinde & Leve.

O estabelecimento prisional recebe resíduos de neoprene (material feito à base de petróleo utilizado na produção de brindes da empresa) e os utiliza como matéria-prima na confecção de tapetes, vasos, sandálias e bolsas, contribuindo assim com a preservação do meio ambiente, já que o neoprene demora até 200 anos para se decompor na natureza e, quando isso ocorre, torna-se tóxico e danifica o solo no qual foi despejado. “Além da responsabilidade ambiental, desenvolve-se também com o reeducando a questão do trabalho consciente, a criatividade e a possibilidade de integrar-se na sociedade de maneira responsável e atuante”, explica a diretora da unidade prisional, Maria de Lourdes Kerche do Amaral.

O grupo se reúne às segundas-feiras com uma aluna da Fatec e estagiária da Empresa Brinde & Leve, que traz novos métodos e técnicas de artesanato, colocados em prática pelos presos nos demais dias da semana.

Além desse projeto, o CR também oferece um curso de sabão ecológico, realizado quinzenalmente, com a participação de 20 reeducandos em cada aula. Com o objetivo de preservar o meio ambiente e possibilitar sustentabilidade ao preso e sua família, a professora ensina a fazer o sabão com a utilização de materiais de baixo custo e fornece informações sobre a contaminação que o óleo de cozinha provoca, se descartado de forma irregular. Os alunos ainda recebem apostilas para o acompanhamento e manuseio das receitas.

O curso de sabão ecológico completará em fevereiro, um ano de existência e até o final de 2011 já contava com a participação de 262 reeducandos.