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17/09/19 | Rodrigo Seraphim - estagiário de jornalismo

Diversidade à mesa - segundo ano do projeto nas unidades prisionais forma 21 sentenciados na grande São Paulo


O projeto “Diversidade à Mesa”, da Coordenadoria de Reintegração Social e Cidadania, completou seu segundo ano de existência com a formação de mais duas turmas de sentenciados auto identificados com o grupo LGBTQI+ (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travesti, Transsexuais, Queer, Intersexuais).

Assim como na edição de 2018, uma das turmas formadas foi no Centro de Detenção Provisória I de Belém. A outra na presente edição, na Penitenciária I de Guarulhos. As aulas foram ministradas em espaços fornecidos pelas próprias unidades prisionais. Os cronogramas mantiveram carga de 56 horas divididas em 14 aulas de 4 horas cada, entre maio e agosto de 2019, com os eixos principais, Oficinas Socioeducativas, Aulas Práticas e Vivências Profissionais guiando os temas das aulas.

Os lecionadores envolveram voluntários, renomados profissionais de cozinha e colaboradores da coordenadoria. A metodologia, a fim de buscar maior envolvimento do egresso, leva em conta, assim como nas primeiras turmas da iniciativa, a construção de um mapa afetivo-alimentar, construído com os cursistas ainda na primeira aula. E os temas abordados ao longo do curso, e subdivididos nos eixos principais ao longo das aulas foram: Cidadania, ética e políticas sociais; Cultura alimentar, memórias e identidades; Conceitos básicos de cozinha; Segurança do Trabalho; Doenças transmitidas por alimentos; Técnicas de preparos, cortes, e elaboração de preparações; Mundo do trabalho, empreendedorismo e economia solidária.

No total, o projeto já formou 32 presos - 9 na primeira edição, em 2018, e 21 neste 2019, divididos em 7 no CDP I de Belém e 14 na Penitenciária I de Guarulhos. E vale lembrar que mais uma turma será formada ainda neste setembro, essa formada por egressos e familiares no Mercadão Municipal de São Paulo.

O objetivo principal da iniciativa “Diversidade à Mesa” é promover a cidadania da população LGBTQI+ presa e egressa do sistema penitenciário e seus familiares através da capacitação como auxiliar de cozinha, prestando informações e orientações em direitos e políticas públicas em colaboração ao processo de preparação para a liberdade, além de oferecer subsídios para geração de trabalho e renda através do desenvolvimento da noção de empreendedorismo e da possibilidade de venda das receitas aprendidas no curso, e de buscar afetar os locais que recebem o projeto através da sensibilização para a diversidade sexual e de gênero.

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